tag:blogger.com,1999:blog-14237438507751672922024-03-13T16:34:33.711-03:00Gestalt-Terapia com criançasGestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.comBlogger57125tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-65058085166771943482022-01-20T12:21:00.003-03:002022-01-20T12:24:43.921-03:00Dica de filme: The Croods (2013)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhrLoasuXX-n7ooqIz_NfaRAS-Og3iXZ7MfYYvZNGGwfwsKWFviROXHLhGoj3bSV9M4RVhnQK7cMzorze4GWq_HL3cupJ5R7REPN6oUyPelmsFUSgw6ycqEk-4OJL3YgqioQ70DuKitJXc_wUlKKjRh5iWch-HC6MHPmkpTEOC7s3auIkETEpm3VFuecQ=s1080" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="510" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhrLoasuXX-n7ooqIz_NfaRAS-Og3iXZ7MfYYvZNGGwfwsKWFviROXHLhGoj3bSV9M4RVhnQK7cMzorze4GWq_HL3cupJ5R7REPN6oUyPelmsFUSgw6ycqEk-4OJL3YgqioQ70DuKitJXc_wUlKKjRh5iWch-HC6MHPmkpTEOC7s3auIkETEpm3VFuecQ=w585-h510" width="585" /></a></div><br /> Você costuma assistir filmes? Faz parte de seu cotidiano abrir um espaço em seu tempo para apreciar a chamada sétima arte?<p></p><br />Pois bem....eu não sei você, mas eu gosto muito de cinema. Como gestalt-terapeuta que sou, aprecio muito as diferentes formas de expressão da criatividade humana e sou frequentemente tocada pelas belas mensagens que alguns filmes me trazem e pelas profundas reflexões decorrentes dai.<br /><br />Mas ai você pode estar se perguntando: que relação isso tem com psicoterapia de crianças ou com o trabalho do psicoterapeuta?<br /><br />Acredito muito que a construção do psicoterapeuta não se dá somente nas salas de aula das graduações e pós graduações, nem tampouco somente fruto da soma dos cursos formais e psicoterapia pessoal ( embora eu ache esse tópico bem importante....falaremos disso em outro momento!)<br /><br />Na verdade, creio que a construção do psicoterapeuta se dá ao longo de toda a sua vida profissional, em uma espécie de "educação continua" que engloba não só estudos formais, mas também os diversos "inputs" que a vida nos traz através de caminhos diversos, como a arte por exemplo.<br /><br />Se formos então olhar para nossa formação sob essa ótica, o "olhar" para os filmes que assistimos não será mais o mesmo....<br /><br />Claro que não estou dizendo que todo e qualquer filme produzirá vários "insights" e "sacadas" maravilhosas, rsrsrs. Porém, alguns nos dão a grande oportunidade de fazer relações com nossa visão de ser humano e de mundo e assim enriquecer nossa compreensão teórica e nossa atuação na clinica.<br /><br />Dentre alguns filmes bem bacanas, vou destacar hoje uma animação do ano de 2013, chamada "The Croods", uma história linda e incrível de uma família que se reconfigura totalmente a partir do movimento de uma criança.<br /><br />O filme destaca uma característica absolutamente fundamental do ser humano e presente em todas as crianças: a curiosidade, o desejo de conhecer o novo.<br /><br />O desejo pelo novo e a vontade de saber é inerente e natural no ser humano. É a força que move o crescimento, que impulsiona a criança a cada vez mais se inserir no mundo, conhece-lo, apreende-lo e assimila-lo.<br /><br />Em Gestalt Terapia entendemos esse movimento fluido e ininterrupto de assimilação do novo movido pela curiosidade como um estado pleno de saúde emocional, e suas interrupções são vistas como sinais de adoecimento das relações do ser humano no mundo.<br /><br />No filme, fica clara a dificuldade do adulto com aquilo que é novo e desconhecido e como ele tenta subjugar a criança desde cedo com a ideia de que a curiosidade é algo que precisa ser contido e quiçá, eliminado, e ainda que qualquer tentativa de experimentação de algo diferente do estabelecido é potencialmente perigoso.<br /><br />Dando um salto diretamente do filme que se passa no tempo das cavernas para nossa clinica com crianças nos dias de hoje, o que vemos? A mesma coisa!<br /><br />A supressão da curiosidade e espontaneidade na infância, inibe o potencial criativo do ser, dificultando toda a sorte de resolução de problemas, desafios e adversidades ao longo de toda a vida.<br /><br />Ou seja....é uma questão recorrente na clinica com crianças mas também na clinica com adultos....<br /><br />Nascemos curiosos, espontâneos e criativos. Somos forçados a inibir todas essas habilidades. Ao mesmo tempo a vida nos cobra o tempo inteiro atitudes que as demandam....<br /><br />Está armado o conflito e nós, psicoterapeutas, somos convidados a elucidá-lo e a criar condições de resgate, para as crianças (e para os adultos também...) resgatarem suas habilidades vitais primordiais.<br /><div><br /></div><div><span style="background-color: white;"><span style="color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, Segoe UI, Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 14px;">E agora uma pergunta: a curiosidade natural das crianças ainda mora em você? Ou ela ficou esquecida e interditada em algum ponto do caminho? Conta aqui embaixo!</span></span></span></div>Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-69499755954614889692017-10-26T15:12:00.001-02:002017-10-26T15:20:34.132-02:00A criança, o divórcio e os recasamentos: situações tipicas na clinica gestáltica com crianças.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEPuZU2vya8j7QXa8tpCI8mGEx-k9GYpPqjVNCKra1OkzMPVwmWCJtoe8jwEQwNvfgMbG65p_USjpPpit2gOKX-sg1U0Q9Hkb4-VwRE8MRgB5pU56Xn7nCmDmbjOYEIGlCE93a_Yik_Iu-/s1600/familia-pais-e-filhos-criancas-brigas-1301698897008_615x300.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="615" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEPuZU2vya8j7QXa8tpCI8mGEx-k9GYpPqjVNCKra1OkzMPVwmWCJtoe8jwEQwNvfgMbG65p_USjpPpit2gOKX-sg1U0Q9Hkb4-VwRE8MRgB5pU56Xn7nCmDmbjOYEIGlCE93a_Yik_Iu-/s640/familia-pais-e-filhos-criancas-brigas-1301698897008_615x300.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="text-align: justify;"> </span><br />
<div style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> Nos últimos anos, observamos um número cada vez maior
de divórcios entre casais, caracterizando uma grande transformação no modelo de família
vigente até então: a família nuclear, composta de pai, mãe e filhos, com
casamentos que duravam até a morte de um dos cônjuges.</span><br />
<br /></div>
<div style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> Tal
transformação, com o acréscimo de diversos movimentos de gênero que vem ganhando cada vez mais espaço atualmente, abriu a possibilidade da coexistência de inúmeros modelos de
família e trouxe um grande desafio para as crianças integrantes de novas configurações familiares: o lidar com as diferenças e, particularmente, com o impacto social e relacional que tais diferenças causam. </span></div>
<div style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> No que diz respeito particularmente as crianças fruto dos
casamentos desfeitos, a aceitação da condição de “filhos de pais separados” vem sendo cada vez mais vivido como algo normal e corriqueiro e não mais como um fator determinante de
discriminação, tal qual observávamos há algumas décadas atrás. </span></div>
<div style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> Com isso, um dos elementos que dificultavam as crianças à superação da separação
dos pais foi bastante minimizado; no entanto, as sequelas emocionais e
relacionais continuam presentes, tal como podemos verificar na clinica gestáltica com crianças e encontram-se intimamente ligadas <b><i>à forma como
essa separação se dá e a atitude dos adultos envolvidos.</i></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><i><br /></i></b></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> É
importante assinalarmos que toda separação é uma mudança e mudança é algo que
faz parte da vida. Nesse caso, tal mudança traz alguns sentimentos que são
difíceis de lidar, pois o divórcio implica inevitavelmente em algumas perdas,
reais e concretas, e com isso, é preciso que haja um luto, para que se possa
estar aberto às novas possibilidades que essa mudança traz. </span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> Embora tenhamos o
hábito de perceber o aspecto negativo de uma mudança, é fundamental que
lembremos que a mesma aponta para novas possibilidades e que, portanto, é
possível reconstruir uma vida após uma separação, tanto para os adultos quanto
para as crianças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<h3 style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para que isso seja possível, as perdas precisam ser encaradas,
contatadas, vividas; os sentimentos precisam ser expressos, respeitados e as
pessoas em questão, particularmente as crianças, precisam de tempo e espaço
para viver tudo isso. Aceitar os sentimentos que emergem a partir de uma
situação de divórcio é o primeiro e crucial passo para enfrentá-los e
superá-los, abrindo espaço para a reconstrução e o surgimento do novo.</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não é um momento fácil para ninguém. Para os pais é duplamente difícil, pois além de lidar com
as próprias questões conjugais, são eles
que vão possibilitar que a criança
encare esta mudança e elabore este luto. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Entretanto, por mais difícil que seja,
essa tarefa é dos pais, porque a criança não tem condições de realizar tal
empreitada sozinha e já se sente bastante impotente na medida em que não pode
escolher, não tendo controle sobre algo que é decidido <i>pelos</i> adultos e <i>para</i>
os adultos, mas que as afeta inevitavelmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Assim, o que vai nos apontar em que
condições ficam as crianças em uma separação, é exatamente a possibilidade que
os adultos em seu ambiente tem de facilitar ou não o processo total para a
criança. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Muitas dificuldades podem surgir
nesse processo, afetando sobremaneira as crianças: muitos pais, por exemplo,
esquecem que apesar de separados, continuam sendo pai e mãe da criança, ou seja, continuam precisando exercer sua função parental, pois a criança precisa de ambos,
e um não consegue e <i>nem deve</i>, substituir o outro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É comum ouvir mães dizendo que
precisam “ser mãe e pai ao mesmo tempo”, o que, é bastante complicado pois não
se pode ser “dois” e a criança apesar do esforço da mãe, se ressente da falta
do pai. Assim, a falta, quando existe de fato, precisa ser vivida tal qual ela
se apresenta: como falta. Só assim a criança conseguirá elaborar as implicações
da separação e salvaguardar a relação com o cônjuge mais presente, que também
possui questões para serem vividas e resolvidas. </span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Alguns cônjuges, na tentativa
de serem “tudo” para a criança, acabam criando expectativas de reconhecimento e
isso ainda é mais nefasto, pois além de precisar lidar com a separação e suas
implicações, a criança ainda precisa satisfazer a tais expectativas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> Na medida em que as crianças, particularmente
as pequenas, possuem um predomínio da fantasia, um das implicações presentes é
o sentimento de culpa. A criança tende a se responsabilizar pelo que está
acontecendo, o que na maior parte das vezes é reforçado por situações
concretas, pois os pais muitas vezes divergem violentamente acerca da sua
educação e da sua guarda, uma vez que não conseguem se entender em outros
planos da relação. </span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A crença da criança
acerca da sua responsabilidade na separação dos pais costuma acarretar muito
sofrimento e inúmeras tentativas de reconciliar os pais, do tipo “se eu fizer
isso eles voltam” ou ainda “se eu for assim, bem bonzinho, eles param de
brigar”, etc. Daí ser importante que se assegure para a criança de que ela não
tem nenhuma responsabilidade pela separação, embora em uma fase inicial ela
ainda algumas vezes alimente a expectativa de reversão da situação, oferecendo
inúmeras “soluções” para o conflito, fazendo perguntas ou desenvolvendo
comportamentos no sentido de “juntar os pais”. Esta insistência da criança deve
ser acolhida para que ela gradativamente vá construindo a compreensão e
aceitando o fato de ser uma situação irreversível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Assim, é muito difícil para uma
criança conviver com um casal que sucessivamente se separa e reata a relação;
isso muitas vezes reforça a idéia de que é a criança que está no controle e
infelizmente muitos pais terminam por oferecer essa certeza, quando dizem que
reataram o casamento por causa das “crianças”. Uma criança que gasta toda sua
energia na tentativa de manter os pais juntos e de controlar as suas
vidas, é uma criança que se desloca das
suas ocupações e vivências de criança para viver a vida de adultos, o que a curto, médio
e longo prazo pode trazer conseqüências bastante sérias para sua vida escolar,
social e relacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Quando o cônjuge que fica com a
criança tende a usa-la como algo que vai ocupar o lugar dessa pessoa que foi
perdida, a criança não perde só o outro cônjuge, como também sua condição de
criança. Quando ela ocupa o lugar do
outro, está ocupando um outro lugar na família, o que compromete bastante sua percepção de si.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No caso do menino, muitas vezes ele
se torna o “homem da casa”, gerando culpa em relação ao pai: “Eu sou melhor que
o papai, pois ocupo o lugar dele. Mas eu preciso deste papai, então como eu vou
disputar com ele?” e um grande sentimento de fracasso em relação a mãe uma vez
que jamais conseguirá satisfazer essa
demanda, pois a mãe precisa de um adulto e não de uma criança ao seu lado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Muitas vezes as crianças tornam-se confidentes dos pais; eles compartilham com elas coisas que uma criança não tem
nem como entender e elaborar. No caso das meninas, por exemplo, é comum as mães transformá-las em aliadas contra os homens que “não prestam”,
dificultando toda a sua vida relacional posterior além de roubar momentos
preciosos da criança com preocupações que dizem respeito aos adultos. Uma
situação como essa impede a criança de reorganizar sua vida <i>de criança</i>
frente às mudanças que ocorrem com a separação; é uma armadilha que ela não tem
condições de enfrentar sozinha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<h4 style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Uma outra coisa comumente observada
em uma separação é o que denominamos “dilema da lealdade”, que consiste em um
terrível conflito presente na criança acerca de qual “partido” ela irá tomar no
curso da separação.</span></h4>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na fase inicial da separação é algo
naturalmente esperado mas que da mesma forma que a questão da responsabilidade,
não deve ser reforçado pelos pais. A forma como
os pais vão lidar com a situação é fundamental: se os pais ficam
zangados realmente porque esta criança concordou com o outro, ou se a criança
achou legal o que o outro fez, esta fantasia é confirmada, do tipo “eu tenho
que tomar partido, eu tenho que concordar com um <b><i>ou </i></b>com outro”. </span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tal situação gera um sentimento de culpa enorme, porque na percepção da criança
ela não pode gostar da mamãe porque o papai fica triste e vice-versa. A criança
acaba se exigindo <b><i>de se separar também</i></b> de um dos cônjuges; uma
separação de cunho afetivo, porque concretamente ela já vai se separar, ela vai
estabelecer com esse cônjuge que sai de casa um outro tipo de relação, já tendo que lidar com isso. A essa
dificuldade acaba sendo acrescida uma outra: “não posso mais gostar e/ou me
interessar e/o sentir saudade daquele que partiu”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Outro ponto que merece destaque é a
possibilidade que a criança escolha com quem quer ficar; embora inicialmente
pareça uma atitude bastante democrática, pode causar um extremo sofrimento,
particularmente para a criança pequena. Ela não escolhe se os pais vão se
separar ou não e aí depois tem que escolher com quem vai ficar? Escolher com
quem vai ficar pode rapidamente transformar-se em escolher de quem vai gostar,
e muitos pais ao fornecerem essa “possibilidade” para a criança, nas
entrelinhas “exigem” exatamente isso desse filho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em outras situações, o cônjuge que
fica com a criança tem ciúmes quando a criança está com o outro cônjuge. Muitas
vezes, cria uma fantasia de que a criança prefere o outro, e faz uma série de
exigências e reclamações do tipo “com o seu pai você faz tudo, comigo não”,
instigando culpa e medo na criança, que faz do silêncio sua grande “tática de
sobrevivência”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<h4 style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ao perceber a divergência dos
adultos, as crianças muitas vezes vão manipular tal divergência na tentativa de
obter coisas. Se a criança já esta chateada e insegura em função da separação,
e percebe que se ela manipula, ela reafirma seu poder e recebe coisas, sejam
concretas ou não, cria-se um circulo vicioso onde as necessidades da criança
parecem não ter fim, porque na verdade elas não estão sendo realmente
satisfeitas. </span></h4>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Muitos pais, movidos pela culpa,
tendem a “compensar” a criança pela dor da separação com ausência de limites e
uma profusão de bens materiais. É fato que a criança precisa de ajuda para
elaborar a situação de mudança, perda e luto, mas com certeza não é deixando
que ela faça tudo o que quer ou “comprando” seu afeto. Assim, muitos pais dão
um presente, quando a criança está pedindo outra coisa, oferecendo à criança
uma ilusão de solução. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Então, para ajudar a criança a
passar por esse momento, inicialmente é fundamental tentar preserva-la ao
máximo de situações de briga e agressão. Além de ser algo extremamente
assustador, tal situação torna-se um modelo de resolução de conflitos e de
formas de lidar com a diferença e os problemas encontrados nas relações, que a
criança pode levar para sua vida adulta e suas demais relações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<h4 style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Também é importante explicar para a
criança o que está acontecendo, assinalando as conseqüências disto, fazendo com
que este momento se torne menos assustador, mesmo que ela seja ainda bem
pequena. Isso é crucial para que a criança não construa fantasias de abandono,
de que ela não merece sequer uma explicação ou uma despedida do cônjuge que
deixa a casa. </span></h4>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Da mesma forma, o adulto precisa se preparar para responder
várias vezes às mesmas perguntas, pois as crianças precisam falar disso muitas
vezes de forma que possam compreender e aceitar a nova situação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Vale lembrar que o “direito à
verdade” não inclui detalhes sórdidos, tal como falar mal do outro cônjuge, ou
qualquer outra coisa que saia do ponto principal que é “papai e mamãe não vão
mais morar juntos, porque eles não querem mais ficar casados e isso
implica.....”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Outra coisa fundamental é, na
medida do possível, tentar manter todas as outras coisas inalteradas, não
sobrepondo mudanças, pois quanto mais mudanças, maior a dificuldade da criança
lidar com separação. É importante manter a sua rotina, o seu espaço, inclusive
na casa do cônjuge que saiu de casa, pois ao sentir que ela possui seu lugar,
suas coisas e suas referências, isso traz a segurança para enfrentar essa nova
fase em sua relação com os pais. É importante lembrar: foram os pais que se
separaram e não as crianças que se separaram de um ou de outro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Atualmente, contamos com a possibilidade da guarda
compartilhada. Tal possibilidade inicialmente nos parece um grande avanço,
desde que as pessoas envolvidas estejam “avançadas emocionalmente” também. Com
pais emocionalmente comprometidos, isso não costuma acontecer de forma benéfica
para a criança, correndo-se o risco da criança não reconhecer nenhuma das duas
casas como “sua” e desenvolver sentimentos significativos de abandono e falta
de cuidado, uma vez que precisam de referências e constância em seu cotidiano. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Por fim, uma implicação bastante
freqüente para a criança quando os pais se separam, é a possibilidade de que
eles encontrem um outro companheiro e se casem novamente, inclusive com a
geração de novos irmãos, biológicos ou não. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> Contrariando as expectativas, o que observamos
muitas vezes, é que as crianças adoram quando os pais arrumam um novo parceiro,
seja porque em algumas situações “tira o peso dos ombros” da criança, que vinha
arcando afetivamente com a solidão do pai ou da mãe, seja porque em sua maioria
as crianças alimentam a fantasia de juntar, reunir, de ter uma família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No entanto, quando as crianças
reagem mal a um novo parceiro, acreditamos que a relação da criança com esse
cônjuge, encontra-se de alguma forma ameaçada, calcada em bases inseguras,
gerando ciúme e medo de abandono. </span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Por isso, é preciso esclarecer para a criança
a nova situação de forma clara, afetiva e <i>sem culpa</i>. Pais que comunicam
tal situação de forma culpada acabam por transmitir a mensagem de que “isso é
uma coisa que não deveria estar sendo feita” ou de que estão pedindo
“permissão” para os filhos acerca de algo que é da alçada e responsabilidade de
adultos. </span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<h4 style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Crianças não devem “escolher” parceiros para os pais, pois isso as faz
acreditar que possuem o poder de resolver e mandar na vida dos mesmos, o
que gera uma grande sensação de abandono
e insegurança: <i>“se sou eu que cuido e resolvo a vida deles, quem vai cuidar
de mim?”.<o:p></o:p></i></span></h4>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Da mesma forma, a criança não é
obrigada a gostar imediatamente do novo companheiro; é fundamental que se dê
tempo para a criança se aproximar, dando
a ela a possibilidade de construir um laço afetivo progressivamente, <i>na sua
medida</i> e não na medida dos pais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<h4 style="line-height: 200%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Assim, uma vez que os adultos
puderem respeitar e acolher os sentimentos das crianças, encorajando-as a
compartilha-los, estarão mostrando que a vida está sempre mudando, que existem
mudanças boas e ruins em um dado momento, e que podemos aprender a lidar com
elas e transforma-las em algo melhor.</span></h4>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-33375710800842046872017-07-02T19:30:00.001-03:002017-07-02T19:30:10.684-03:00Gestalt Terapia com crianças: pais e filhos em psicoterapia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-62160579010954216502017-07-02T19:28:00.002-03:002017-07-02T19:30:35.175-03:00Gestalt Terapia com crianças: momento inicial da psicoterapia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-10495596397655675282017-07-02T19:26:00.001-03:002017-07-02T19:31:02.077-03:00Gestalt Terapia com crianças: os 3 eixos da capacitação do psicoterapeuta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-90428119886911251522017-07-02T19:23:00.001-03:002017-07-02T19:23:12.004-03:00Gestalt Terapia com crianças: sujeira e bagunça na psicoterapia....pode?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-47184847352569887442017-07-02T19:19:00.003-03:002017-07-02T19:19:41.361-03:00Gestalt Terapia com crianças: técnicas ludicas #2<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-49119042906601995262017-02-15T20:41:00.001-02:002017-02-15T20:41:58.094-02:00Gestalt Terapia com crianças: técnicas lúdicas #1<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/Lrsmvl187X8" width="459"></iframe>Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-51993607727165240662016-06-15T15:52:00.000-03:002016-06-15T15:52:22.920-03:00OS 3 ERROS MORTAIS QUE UM PSICOTERAPEUTA DE CRIANÇAS PODE COMETER E COMO VOCÊ PODE FAZER PARA NÃO CORRER ESSE RISCO<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPqwufYj3-9iRECx3vuxByRHagM-aNGyl8PlRG7cAzxN2OI8y0v7P_nb11OCTgg94TZqPR2CLgvZ-npCM4ohe_Xdy6Dp2jZ1F8rYate2ekOBhUgUQIwHfc2tihujnk3CWNydqSL6SyUXVi/s1600/shutterstock_344573075.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPqwufYj3-9iRECx3vuxByRHagM-aNGyl8PlRG7cAzxN2OI8y0v7P_nb11OCTgg94TZqPR2CLgvZ-npCM4ohe_Xdy6Dp2jZ1F8rYate2ekOBhUgUQIwHfc2tihujnk3CWNydqSL6SyUXVi/s400/shutterstock_344573075.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando me perguntam o que eu acho mais difícil, ser psicoterapeuta de adultos ou de crianças, tenho a resposta na ponta da língua: psicoterapeuta de crianças, claro!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Mas quem diria? Crianças são muito mais fáceis de lidar! Será???? E deve ser bem divertido também...! Sempre???)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como psicoterapeuta com longa experiencia na clinica com crianças, adolescentes e adultos, não tenho duvidas em afirmar que a clinica de crianças constitui-se em um dos maiores desafios para o psicoterapeuta, pois suas <b><i>especificidades</i></b> demandam que. além de um profundo conhecimento teórico a respeito do ser humano e suas formas de desenvolvimento, ele esteja totalmente disponível para sair de sua <b><i>zona de conforto</i></b> apoiada na racionalidade, nos preceitos técnicos e no uso da linguagem verbal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Será tão fácil assim sair da zona de conforto???)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A clinica com crianças, particularmente sob a ótica da abordagem que utilizo - a Gestalt Terapia - convida o psicoterapeuta a usar a linguagem lúdica em detrimento da linguagem verbal, a utilizar o corpo inteiro em movimento e gestos em detrimento das palavras e a olhar a criança como parte de um todo mais amplo que é a família, instituições e cultura da qual ela faz parte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
(Temos pelo menos 2 desafios aí:"falar" em uma linguagem que não é a nossa, a "de adulto" e lidar com as diversas pessoas que cercam a criança e que contribuem para a manutenção de suas dificuldades...)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muitos psicoterapeutas iniciantes ( e não só eles...) experimentam sentimentos que vão de um verdadeiro pavor a um leve incomodo ao começarem a trabalhar com crianças. Outros nem cogitam a possibilidade de atuar junto as crianças, por considerarem tal clinica difícil ou frustrante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
("Não consigo me comunicar com a criança"; "Os responsáveis retiram a criança da psicoterapia" ; etc)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, a maioria que vence a resistência e envereda pelo caminho da infância e suas questões, muitas vezes incorre em particularmente 3 erros mais comuns e que podem ser mortais, ou seja, podem colocar todo o trabalho por água abaixo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E quais seriam esses erros?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<ol>
<li style="text-align: justify;"><span style="color: blue;"><b>CONVERSAR</b></span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="color: blue;"><b>IGNORAR A IMPLICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS</b></span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="color: blue;"><b>USAR TÉCNICAS SEM CONTEXTO</b></span></li>
</ol>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos ao primeiro: <span style="color: blue;"><b>CONVERSAR</b></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL98p4CDOxo_VAo73LPA5ktx8BjZZ-grNpnqHl-Tc4KVePI3oQvdSyhrcg41CEsBsARgvX1hyphenhyphenvY2obIDMX3SYMtHQUV034SheeBnQzfP8EPcIBK1guFnaTpR5QybKQZRx2wnVXYcnxHxxs/s1600/shutterstock_98508275.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL98p4CDOxo_VAo73LPA5ktx8BjZZ-grNpnqHl-Tc4KVePI3oQvdSyhrcg41CEsBsARgvX1hyphenhyphenvY2obIDMX3SYMtHQUV034SheeBnQzfP8EPcIBK1guFnaTpR5QybKQZRx2wnVXYcnxHxxs/s400/shutterstock_98508275.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Que fique estabelecido aqui, agora e sempre: crianças não gostam de conversar. Quanto menos idade a criança possuir, mas certeira é essa afirmação. Particularmente se o "conversar" em questão é uma série de perguntas realizadas por um adulto que quer falar de algo sobre o qual a criança não quer falar, com palavras que muitas vezes ela não entende e exigindo dela recursos cognitivos e linguisticos que ela não possui.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
É importante lembrar sempre que a capacidade verbal é algo que está em desenvolvimento nas crianças e, portanto, não é o seu "forte".</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Dizer para uma criança que ela vai ao psicoterapeuta para conversar acaba resultando em crianças que chegam a terapia e reproduzem o discurso dos pais, como papagaios, e tão logo se livram de tal "tarefa", cortam o assunto e tentam fortemente fazer outra coisa que não seja falar sobre isso,o que muitas vezes aparece sob a forma de "não sei" variados ou de silêncios solenes diante das insistentes perguntas e tentativas do psicoterapeuta de sustentar a conversa.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
A insistência nesse tipo de interação geralmente resulta em crianças absolutamente resistentes na relação com o psicoterapeuta, por vezes inclusive se recusando vir a sessão terapêutica, ou então a "crianças-robôs" , boazinhas, que fazem o que o psicoterapeuta quer, reproduzindo sua forma básica de lidar com os adultos fora da terapia, sem que nenhuma transformação efetiva aconteça no processo terapêutico</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0etH5h-Wbym7LkshPXcpDxI0y22sshE_1joPWoN0xHg-l93abFzGLA5T8atrzoGUUMd24vLUvlJspyUwTlODumhnD8gvaRx1pqhXc5W5TPDpfJ-5NiGZqUZfxp0KqmqbLMM7xKrQpy8Df/s1600/shutterstock_133723619.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0etH5h-Wbym7LkshPXcpDxI0y22sshE_1joPWoN0xHg-l93abFzGLA5T8atrzoGUUMd24vLUvlJspyUwTlODumhnD8gvaRx1pqhXc5W5TPDpfJ-5NiGZqUZfxp0KqmqbLMM7xKrQpy8Df/s400/shutterstock_133723619.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Se é certo que crianças não conversam como adultos, sabemos também que elas tem como prioritárias um outro tipo de conversa: a conversa lúdica.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Crianças "falam", conversam, se expressam, se mostram e comunicam através de suas formas de brincar e jogar. A linguagem lúdica é a forma primordial das crianças se relacionarem com o mundo e assim precisa ser também na psicoterapia.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, para conversarmos com a criança, precisamos nós, os psicoterapeutas, mudar a "chave" da forma de comunicação. Somos nós que vamos encontra-la na sua linguagem lúdica, da fantasia e do jogo. E não ao contrário....</div>
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<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
Sendo assim, precisamos substituir o CONVERSAR pelo BRINCAR.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdD3obJVpfoNPBAvq3gbF9FSU0Hc6ntDJfHchKA0Dovf55JDPJx5LAfXSLU53qhVaSuzyOWyZvmRD2Oq9CfLqBSvJkoP8gVihE7H4F-b2bKojWlUHvSeCLF-wKfy08BGi8j1I0EDsB3m-Y/s1600/shutterstock_326605199.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdD3obJVpfoNPBAvq3gbF9FSU0Hc6ntDJfHchKA0Dovf55JDPJx5LAfXSLU53qhVaSuzyOWyZvmRD2Oq9CfLqBSvJkoP8gVihE7H4F-b2bKojWlUHvSeCLF-wKfy08BGi8j1I0EDsB3m-Y/s400/shutterstock_326605199.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
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<br /></div>
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E o segundo erro mortal?</div>
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<br /></div>
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Esse é clássico e fatal. Talvez o mais fatal de todos. E certamente o mais conhecido de todos os psicoterapeutas de crianças.</div>
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<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
É o <span style="color: blue;"><b>IGNORAR A IMPLICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS</b></span> na eclosão e manutenção dos sintomas e dificuldades apresentados pela criança.</div>
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<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguRleup9tBB6hISK98PJvOGEe_ZNzlY-482vRSjpQcyODUvcNrMvq_Eo6zGJ04zs18jHncECIqXYiiTQaLCy1huQgzD0xkTaljz6Vv2e8FK_9MYE6uwNy8J1YAGPT5VVGL9wggBzDb0kEA/s1600/adultos-casal-com-uma-crianca_318-62682.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguRleup9tBB6hISK98PJvOGEe_ZNzlY-482vRSjpQcyODUvcNrMvq_Eo6zGJ04zs18jHncECIqXYiiTQaLCy1huQgzD0xkTaljz6Vv2e8FK_9MYE6uwNy8J1YAGPT5VVGL9wggBzDb0kEA/s320/adultos-casal-com-uma-crianca_318-62682.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
(Mas Luciana....não são eles mesmo que levam a criança? os sintomas não fazem parte da queixa dos pais?? como eles poderiam estar colaborando para isso...???)</div>
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<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
A resposta é: eles não sabem que estão implicados! </div>
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<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
E nossa tarefa é mostrar isso para eles....</div>
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<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
Uma criança não é um ser que nasce e se cria dentro de uma bolha estéril. Ela faz parte de um campo de forças relacionais que interagem e se afetam mutuamente o tempo inteiro. O que equivale a dizer que a forma como a criança se apresenta nesse momento, com tudo que ela tem, é fruto dessa interação ininterrupta com seu ambiente, que inclui naturalmente as pessoas mais próximas e suas experiencias relacionais em todos os contextos que frequenta e experimenta.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
Em outras palavras, todas as formas de ser e estar no mundo que a criança desenvolve (satisfatórias ou não) são construídas em função dessas relações, o que significa que muitas vezes as crianças estão, com seus sintomas, reagindo a situações e relações que por elas são vivenciadas.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
Os adultos envolvidos na situação, na maioria das vezes não se dão conta de como contribuem para a questão apresentada pela criança; são "pontos cegos" que cabe ao psicoterapeuta identificar e apontar.</div>
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<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
Se não fizermos isso, corremos o risco de trabalhar em prol de um objetivo enquanto os responsáveis, inadvertidamente, sem perceberem, puxam para o lado contrário.....e, dessa forma, a psicoterapia da criança não tem resultados satisfatórios, algo fica "emperrado", impedindo a mudança.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Uma outra consequência de tal erro, é que se não trabalhamos a implicação dos responsáveis nos comportamentos e sintomas apresentados pela criança, no momento em que a psicoterapia começa a possibilitar que a criança transforme seus comportamentos, esses mesmos responsáveis se ressentem da mudança e começam a perceber a psicoterapia como algo ameaçador ou que esta "piorando" a criança.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
Isso se dá porque nem sempre a criança muda da forma como os responsáveis desejam ou muitas vezes tais mudanças deixam em aberto necessidades, dificuldades e "feridas" dos mesmos, que antes eram mascaradas pela "doença" da criança.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso é fundamental que ao trabalharmos com uma criança, JAMAIS deixemos de acompanhar os responsáveis ao longo do processo terapêutico, para auxilia-los a enxergar sua participação na questão da criança, por um lado, e a lidar com as mudanças que forem acontecendo, por outro.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Se assim não o fizermos, corremos o sério risco de amargarmos uma série de processos terapêuticos interrompidos "do nada" e nos encontrarmos em situações onde a interferência dos responsáveis é tão grande que não nos permite trabalhar.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Sendo assim, precisamos substituir o foco NA CRIANÇA pelo foco NAS RELAÇÕES que ela estabelece.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
E, por fim, o terceiro erro mortal....</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKuM4iLA9DBc2zDsh-_roHW6s55LnE98TUrS2w-Mo-aV7Nj_6KgXT085sp6UKdrSyTZ0-ldf71FOL8KXcy2Hgm_MMXSBzA99wlN6go277AMPiWctcXDIXsMXHH7TNfi-4bjd6TLkklyBVA/s1600/shutterstock_88332589.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKuM4iLA9DBc2zDsh-_roHW6s55LnE98TUrS2w-Mo-aV7Nj_6KgXT085sp6UKdrSyTZ0-ldf71FOL8KXcy2Hgm_MMXSBzA99wlN6go277AMPiWctcXDIXsMXHH7TNfi-4bjd6TLkklyBVA/s400/shutterstock_88332589.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Quando falo de <span style="color: blue;"><b>USAR TÉCNICAS SEM CONTEXTO</b></span>, estou falando de psicoterapeutas que, para se assegurarem que estão fazendo o melhor em sua atuação, fazem inúmeros cursos, leem uma serie de livros, compilam técnicas e mais técnicas ( e nem sempre elas combinam entre si.....) e preenchem a sessão terapêutica com uma serie de "atividades", sem levar em conta o desejo da criança e aquilo que ela mesmo aponta e que surge espontaneamente na sessão.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Usada dessa forma, toda e qualquer técnica torna-se um exercício, uma atividade "aplicada" a situação terapêutica sem que o fluxo possível da criança seja respeitado, fazendo da relação terapêutica algo bem parecido com todas as outras relações que a criança estabelece fora da terapia, a saber, relações verticais, onde existe sempre uma autoridade que sabe o que é melhor para a criança, que decide o que ela vai fazer e como vai fazer, que escolhe o que deve ser investigado, trabalhado, melhorado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O resultado disso é muitas vezes uma criança que se recusa a fazer as coisas propostas pelo psicoterapeuta, simplesmente porque esse não é o seu foco, sua energia não está ali, o seu caminho para chegar as suas questões e dificuldades não é esse. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A unica coisa que o psicoterapeuta consegue é resistência e desconfiança, por vezes travando uma "batalha" com a criança e, com isso, perdendo completamente o proposito da psicoterapia que deveria ser o de acolher a criança tal como ela se apresenta e acompanha-la no desdobramento de seu mundo interno, seus padrões e suas formas habituais de se relacionar, no tempo de cada uma, na linguagem lúdica, e a partir daquilo que a criança escolhe fazer na sessão terapêutica.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em algumas outras situações a criança simplesmente faz o que é pedido, mas sem nenhum engajamento, sem nenhuma energia e, portanto, sem abrir possibilidades para uma real transformação. Pelo contrário, a criança "boazinha", reproduz seu padrão relacional submisso, sua dificuldade de efetuar escolhas e de dizer "não" para aquilo que não serve para ela ( o que certamente ela faz também fora da terapia ) e com a ajuda do psicoterapeuta!!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas ai você pode me perguntar: e como usar as técnicas então?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As técnicas para auxiliar a criança a se conhecer mais e construir novas possibilidades de ser e estar no mundo tem o seu lugar, mas precisam obedecer o critério máximo: a orientação da própria criança, daquilo que ela escolhe e aponta como possível na sessão terapêutica, o que significa dizer que utilizamos técnicas dentro do contexto que a criança nos traz, tanto em termos de recursos lúdicos escolhidos como de assuntos a serem abordados e jamais impomos qualquer atividade ou recurso sem que ela tenha se engajado inicialmente e por livre escolha na proposta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sendo assim, precisamos substituir o USO DAS TÉCNICAS SEM CONTEXTO e trazidas a priori, pelo acompanhar as crianças em suas escolhas e USAR AS TÉCNICAS PARA EXPANDIR, DESENVOLVER E ESMIUÇAR o que está sendo trazido pela criança.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se ficarmos atentos a esses 3 tópicos:</div>
<br />
<ol>
<li style="text-align: justify;"><span style="color: blue;"><b>Estabeleceremos um vinculo forte de confiança e aceitação com a criança, pré requisito básico para que ela deixe que entremos no "seu mundo"</b></span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="color: blue;"><b>Ganharemos a confiança e colaboração dos adultos que cercam a criança, agilizando o tempo do processo terapêutico e garantindo mudanças mais expressivas e significativas para a criança e os adultos envolvidos.</b></span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="color: blue;"><b>Eliminamos drasticamente a chance de interrupções precoces e abruptas do processo terapêutico.</b></span></li>
</ol>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
O que você achou desse tópico? Seus comentários e perguntas são muito importantes por que me fornecem orientação para continuar escrevendo sobre tópicos relevantes para você!<br />
<br />
Portanto, deixe seu comentário, critica ou pergunta.<br />
<br />
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Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com50tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-61428538491865076562014-05-16T19:00:00.001-03:002014-05-16T19:03:50.054-03:00GESTALT TERAPIA COM CRIANÇAS: TEORIA E PRATICA : o livro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Finalmente, depois de muitos percalços, saiu pela <a href="http://www.gruposummus.com.br/gruposummus/livro/1363/Gestalt-terapia+com+crian%C3%A7as">Editora Summus</a> a nova edição do livro Gestalt-Terapia com crianças: teoria e prática!!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2W_Z-etL2VY_ey-EkACqOzjX_H9LiPLCgMTULV6X5SuQWuwTg7Jvf4RPisw_d6LA_QIf1WaTG45g2xuvnC9V1ykdNHLIyoC0vESg9PzHnH-bpvHM5J53dimOkqYsFfVAZjPuXX04wi03d/s1600/1972421_752621528081759_1251542212_n.jpg" height="400" width="300" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Você o encontra em todas as livrarias (eis algumas: <a href="http://www.livrariasaraiva.com.br/?pac_id=25305">Saraiva</a>, <a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/index.asp">Cultura</a>, <a href="http://www.fnac.com.br/index.html">FNAC</a>) e no site da <a href="http://www.gruposummus.com.br/gruposummus/livro/1363/Gestalt-terapia+com+crian%C3%A7as">Editora Summus</a>!</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFpe3EzMzThqT5Vgp0Agm3QUHGsMCw9eqSzxKFTXFrANYzhmYLAHCbqyJmQzxXJu-czEMlZr5xP-TIT4TPqyRoi4zL1yeCwEvpDUGDgXhAm8jfmIh1Wcs5nuwca8vwOaHnV0DMvAdpq51P/s1600/10314617_4060030835977_4355077566417978523_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFpe3EzMzThqT5Vgp0Agm3QUHGsMCw9eqSzxKFTXFrANYzhmYLAHCbqyJmQzxXJu-czEMlZr5xP-TIT4TPqyRoi4zL1yeCwEvpDUGDgXhAm8jfmIh1Wcs5nuwca8vwOaHnV0DMvAdpq51P/s1600/10314617_4060030835977_4355077566417978523_n.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A versão em e-book pode ser encontrada no site da <a href="http://www.amazon.com.br/Gestalt-terapia-com-crian%C3%A7as-Luciana-Aguiar-ebook/dp/B00J7WEYBI/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1400277740&sr=8-1&keywords=gestalt+terapia+com+crian%C3%A7as">Amazon</a>.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-50506619705665528342013-09-25T10:56:00.001-03:002013-09-25T10:56:24.839-03:00A banalização do diagnóstico de TDAH em crianças<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O Brasil é o segundo maior consumidor mundial de ritalina, a
"droga da obediência". O que está acontecendo? Uma epidemia de TDAH?
Estamos falando de um vírus Uma gripe? Quando normas sociais viram normas
neurológicas, colocamos na criança a responsabilidade de uma situação que a
transcende e mascaramos o seu sofrimento transformando-as em zumbis. Com isso,
família e escola abstêm-se do incomodo de olhar para cada criança com um ser
único que, através da sua "agitação" ou " falta de
concentração" revela suas possibilidades de ajuste a um mundo que ainda
estão descobrindo e diante do qual precisam se posicionar. A "doença"
é sempre fruto de um campo de forças que conjugam muitos elementos e a
enunciação de um "diagnostico" é antes de mais nada uma tentativa de
controle e erradicação de uma manifestação genuína do ser.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Para os pais que, muitas vezes ficam totalmente perdidos em
meio a tantas falas de "especialistas" e sem a menor noção de como
encaminhar queixas e demandas em relação ao comportamento de seus filhos! As
crianças precisam de olhar, cuidado e compreensão! Nem sempre, como pais,
conseguimos realizar isso de forma satisfatória, porque as vezes simplesmente
não sabemos o que fazer!! Essa é a hora de procurar ajuda profissional. Porém,
não se enganem: qualquer promessa obvia e rápida de "ajuste" e
"adequação" de seu filhos as "normas do mundo", será
realizada as custas de um enorme preço a ser pago pela criança! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/MTFOb2bLjLA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-5679699826048664922013-09-09T18:25:00.000-03:002013-09-17T09:35:22.785-03:00Sorteio livro GESTALT-TERAPIA COM CRIANÇAS; TEORIA E PRATICA - ultimo exemplar, autografado!Ola pessoal<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2FC8hw9Xe_5nExCdPfetByqSSDxUrNsKByzSNms0csmpS_IJLKZ4-u2ArBRpV41vTbmp_-UB7FMdxYnQvdqdLldFzTVJjfMQrqY_nJHDLr3OGDnVp17785OBgd-a1qnvCuC-dUmQ6M4mS/s1600/capa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2FC8hw9Xe_5nExCdPfetByqSSDxUrNsKByzSNms0csmpS_IJLKZ4-u2ArBRpV41vTbmp_-UB7FMdxYnQvdqdLldFzTVJjfMQrqY_nJHDLr3OGDnVp17785OBgd-a1qnvCuC-dUmQ6M4mS/s1600/capa.jpg" /></a>Como ja informei para vocês em outro momento, o livro GESTALT-TERAPIA COM CRIANÇAS: TEORIA E PRATICA encontra-se esgotado e sera em breve reeditado por uma nova editora, ainda sem data provável de publicação.</div>
<div style="text-align: justify;">
Assim que tivermos uma data provável, começaremos a divulgar por aqui para que vocês possam se organizar e finalmente adquirir o livro!</div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto isso e diante de muitos pedidos de um ultimo exemplar, um exemplar "perdido" ou "esquecido", vou me desapegar do ultimo exemplar que tenho!</div>
<div style="text-align: justify;">
Como ainda não tenho o poder de multiplicar livros e também não gostaria de escolher a pessoa para quem ele seria vendido, resolvi realizar um grande sorteio, obedecendo as seguintes regras:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1. Compartilhe o blog em suas redes sociais (Facebook, Twitter).<br />
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2. Curta E compartilhe a pagina do Facebook Gestalt-Terapia com crianças em seu perfil do facebook.<br />
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
3. Deixe seu nome nos comentários do link do sorteio na pagina Gestalt Terapia com crianças com o seguinte código do lado GTCs<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
4. Doe qualquer valor para o Gestalt-Terapia com crianças: teoria e pratica através desse botão.<br />
<br />
<!-- INICIO FORMULARIO BOTAO PAGSEGURO -->
<br />
<form action="https://pagseguro.uol.com.br/checkout/v2/donation.html" method="post" target="pagseguro">
<!-- NÃO EDITE OS COMANDOS DAS LINHAS ABAIXO -->
<input name="receiverEmail" type="hidden" value="luaguiar@uol.com.br" />
<input name="currency" type="hidden" value="BRL" />
<input alt="Pague com PagSeguro - é rápido, grátis e seguro!" name="submit" src="https://p.simg.uol.com.br/out/pagseguro/i/botoes/doacoes/120x53-doar.gif" type="image" />
</form>
<!-- FINAL FORMULARIO BOTAO PAGSEGURO -->
<br />
O sorteio sera realizado no dia 19/09/2013 as 21:00 e divulgado imediatamente no Facebook.<br />
O vencedor recebera seu exemplar em casa, pelo correio, com as despesas de frete pagas, em aproximadamente 5 dias uteis.</div>
Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-20581873343126830542013-06-06T17:09:00.000-03:002013-06-06T17:48:18.175-03:00GT com crianças: TDAH, diferenças culturais e abordagem holistica do ser humano<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2ViynFbghMtiVaOMmWkSRHjqvtUiELMOviH2bpuj2X6by0wymUaZb4eTtcOOJMfBBxNDY_s1e9UA2RdEQ3QH6LmVZUaxk1VQ5mVamheKcbq-JxKVphAu0h53n7mGxOyWGz9RxIf__70zI/s1600/1358790528_0.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2ViynFbghMtiVaOMmWkSRHjqvtUiELMOviH2bpuj2X6by0wymUaZb4eTtcOOJMfBBxNDY_s1e9UA2RdEQ3QH6LmVZUaxk1VQ5mVamheKcbq-JxKVphAu0h53n7mGxOyWGz9RxIf__70zI/s400/1358790528_0.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="color: #444444;"></span><br />
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<span style="color: #444444;">O sujeito que diagnostica, o faz a partir de seu fundo de experiências, que engloba não só seu conhecimento teórico-técnico-cientifico como suas crenças, valores, preconceitos, mergulhado totalmente numa cultura que o perpassa e que também o constitui. Assim, a atribuição de sentido que o diagnóstico clássico confere, depende de quem olha.</span></div>
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<span style="color: #444444;">Desde que o mundo é mundo o normal e o anormal foram definidos de muitas formas e, assim, em cada época, sociedade, cultura, teremos sempre o "desviante" da vez.</span></div>
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<span style="color: #444444;">Faz tempo que trago esse tipo de indagação tanto para minha prática clínica quanto para minha tarefa de transmissão de uma abordagem de trabalho psicoterapêutica. Há anos vejo desfilarem diagnósticos "da moda" ou ainda diagnósticos "epidêmicos", como se de repente uma grande parcela da população fosse atacada por um vírus psicopatológico que, rapidamente, torna-se o vilão em cima do qual tudo é depositado. </span></div>
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<span style="color: #444444;">Olhar raso e fácil para uma sociedade que quer resolver seus problemas num clique ou em pílulas milagrosas, classificando e compartimentando pessoas para mantê-las isoladas com os <em><strong>seus</strong></em> problemas e, assim, eximir-se de <a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2011/07/gestalt-terapia-com-criancas-implicacao.html">toda e qualquer responsabilidade</a> nas produções de comportamentos dos indivíduos ditos "doentes".</span></div>
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<span style="color: #444444;">Tal situação atinge em cheio as crianças, que recebem toda espécie de rótulos numa tentativa de pais, professores e profissionais de saúde isolarem NA CRIANÇA todos os elementos de uma<em> patologia que é relacional e contextual,</em> construída em um campo muito mais amplo do que o "cérebro" ou "psiquismo" da criança em questão.</span></div>
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<span style="color: #444444;">A recente postagem compartilhada largamente nas redes sociais, intitulada "</span><a href="http://equilibrando.me/2013/05/16/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem-deficit-de-atencao/"><span style="color: #444444;">Por que as crianças francesas não tem déficit de atenção</span></a><span style="color: #444444;">" traz dois pontos interessantes para essa discussão, que eu gostaria de comentar.´</span></div>
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<span style="color: #444444;">O primeiro ponto, ao compararem as crianças americanas e francesas e o nível de "incidência" do bonitinho da vez, o TDAH, em cada uma das sociedades, nos mostra claramente que o que se vê depende do olhar de quem vê e dos interesses e determinantes desse olhar. Ver o problema na criança e, sobretudo, no seu " cérebro", isenta toda uma sociedade de sua responsabilidade na formação e desenvolvimento das crianças e alimenta uma indústria farmacêutica gigante que ganha milhões oferecendo formulas mágicas de se aquietar o sopro de vida que pulsa e teima em existir, da melhor maneira que encontra, em cada uma das crianças "diagnosticadas" com TDAH.</span></div>
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<span style="color: #444444;">O segundo ponto, tão polemico quanto, é o que diz respeito as diferenças de estilos parentais na educação das crianças e que nos aponta claramente a importância dos aspectos citados no inicio do texto no que diz respeito ao caráter relacional e contextual de qualquer "patologia".</span></div>
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<span style="color: #444444;">A afirmação de que as crianças francesas tem desde cedo um contorno claro, na forma de rotinas, regras e limites e, que portanto, não apresentariam "sintomas" atribuídos ao TDAH, é bastante significativa. Isso nos convida a repensar os significados que comumente damos as palavras <em>agitação</em>, <em>concentração</em>, <em>limites</em> e <em>permissividade</em>, dentre outras. Ou seja, nos convida a nos implicarmos na produção de comportamentos X, Y ou Z, apresentados pela criança.</span></div>
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<span style="color: #444444;">Possivelmente, algumas objeções ao estilo parental francês poderiam ser logo levantadas por nossa sociedade tão americanizada e tão temerosa de infringir "traumas" as crianças, como por exemplo no que diz respeito ao valor "educativo" de uma palmada ou ao fato de se deixar o bebe chorando no berço. </span></div>
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<span style="color: #444444;">Definitivamente não compartilho da crença que "um tapinha não dói" e creio que a questão do choro da criança precisa ser melhor discutida, porque há choros e choros e, portanto, é perigoso estabelecer modelos de "como fazer" sem que se consiga discriminar a função desse choro na relação e contexto daquela família.. (isso também fica para outra postagem!)</span></div>
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<span style="color: #444444;">No entanto, creio firmemente no valor da rotina e estabelecimento de normas, regras e horários para as crianças, particularmente para as crianças até 7 anos, pois longe de ser "traumatizante", mostra-se extremamente organizador e tranquilizador. A previsibilidade de situações cotidianas é fundamental para a construção de uma percepção de mundo que gera calma, confiança e segurança. Saber que existem adultos que funcionam como "autoridades", ou seja, como aqueles que estão autorizados pela experiência e pelo saber a mostrar alguns dos meandros desse mundo tão grande e desafiador, é extremamente reconfortante para a criança.</span></div>
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<span style="color: #444444;">Dessa forma, sem deixar de levar em conta a real possibilidade de um diagnóstico neurológico em alguns casos, continuo acreditando que precisamos olhar para esse fenômeno com olhos críticos e, sobretudo, ampliados para uma <a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2011/04/diagnostico-em-gt-com-criancas.html">noção de diagnóstico</a> que leve em consideração a interação entre elementos biológicos e psicossociais, que possa olhar para configurações e redes relacionais e não somente para exames, dosagens e sintomas.</span></div>
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<span style="color: #444444;">O debate continua na rede, inclusive com <a href="http://equilibrando.me/2013/05/21/criancas-francesas-tem-deficit-de-atencao-uma-entrevista/#more-688">replicas,</a> <a href="http://equilibrando.me/2013/05/21/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem-deficit-de-atencao-parte-2/">treplicas</a> e outras <a href="http://www.tijolaco.com.br/index.php/em-nome-das-nossas-criancas/">postagens</a> sobre o tema. Como psicoterapeuta de crianças dentro de uma abordagem que privilegia a <a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2011/03/visao-holistica-de-ser-humano-e-questao.html">visão de totalidade do ser</a> humano e trabalha com a ideia do ser em relação, creio que o mais significativo de todo o debate é justamente volta a atenção para os limites entre ciência, preconceito, rigidez e interesses comerciais, em prol realmente da saúde e bem estar das nossas crianças.</span></div>
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<span style="color: #444444;">O debate continua! Sejam bem vindos para expressar suas reflexões!</span></div>
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<span style="color: #444444;">P.S.: Só fazendo um parênteses, é muito curioso a quantidade de compartilhamentos, inversamente proporcional a quantidade de reflexões e comentários, o que me faz ficar indagando a respeito do motivo pelo qual as pessoas compartilham coisas, sem uma reflexão maior ou um determinado posicionamento. Para que servem informações se elas não são processadas? (bem, mas isso é assunto para outra postagem..rs)</span></div>
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<span style="color: #444444;">A imagem usada veio <a href="http://www.elmundo.es/elmundosalud/2013/01/21/psiquiatriainfantil/1358790528.html">daqui</a>, ok?</span></div>
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Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com0Rio de Janeiro - RJ, República Federativa do Brasil-22.9035393 -43.209586899999977-23.3715503 -43.855033899999974 -22.435528299999998 -42.564139899999979tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-43280457646763338632013-05-12T10:57:00.000-03:002013-05-12T21:19:00.006-03:00Ainda sobre o equivoco da técnicas ou como se deparar com situações em que elas não valem de nada<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaBuKN8yxtuvt79trv13nzY4yfDsOLy2oZSFWhi6QfOodI_4iAEggqHjrG4AneL90EDeQRbh8nCoZhmwtmmtEBLHuy7GgAW4KnpSH-ME95ReftMK1ZmRjRhJm99ZUO6086CGIrZxDlHoTW/s1600/1177+-+BRINQUEDOTECA+MASTER.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaBuKN8yxtuvt79trv13nzY4yfDsOLy2oZSFWhi6QfOodI_4iAEggqHjrG4AneL90EDeQRbh8nCoZhmwtmmtEBLHuy7GgAW4KnpSH-ME95ReftMK1ZmRjRhJm99ZUO6086CGIrZxDlHoTW/s400/1177+-+BRINQUEDOTECA+MASTER.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span id="goog_87493734"></span><span id="goog_87493735"></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Ao falar sobre o <a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2013/05/o-equivoco-das-tecnicas-ou-como-nao-ter.html">equívoco</a> da primazia das técnicas no processo psicoterapêutico com crianças, destaquei a necessidade de possuirmos uma <a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2013/01/a-metodologia-clinica-em-gt-com.html">metodologia</a> e forma de compreensão da <a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2011/03/o-pano-de-fundo-das-intervencoes-em-gt.html">relação terapêutica</a> que embase nossas intervenções e crie um contorno para o eventual <a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2013/01/o-papel-das-tecnicas-gestalticas-na.html">uso das técnicas</a>, sempre no sentido de desdobrar o material trazido e apontado pela criança na sessão terapêutica, sem "a prioris" do psicoterapeuta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Conhecer um rico e criativo rol de técnicas nos permite contar com um acervo mais amplo de possibilidades para lançar mão quando necessário e pertinente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Porém, a clinica psicoterapêutica com crianças apresenta uma <a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2011/03/da-serie-periclitancias-tipicas-em-gt.html">série de situações</a> onde a <a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2011/04/diagnostico-em-gt-com-criancas.html">compreensão da totalidade </a>do processo e das relações estabelecidas entre crianças e responsáveis é fundamental para o manejo e encaminhamento das referidas situações.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Um exemplo? Posso dar vários!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Sabe aquela criança que chega pela primeira vez (ou segunda, terceira, quarta, etc) e não quer desgrudar da mãe nem por um decreto, apesar da insistência, promessas e qualquer outra coisa que o psicoterapeuta faça?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">E aquela que ao ouvir o anuncio de término da sessão, faz-se de surda, inicia uma nova brincadeira, joga todo o cesto de brinquedos no chão, suplica para ficar, comunica que VAI ficar e não sai da sala nem por outro decreto?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Ok, ela entrou, mas cruzou os braços, fechou a boca e permanece amuada num cantinho, ignorando os apelos do psicoterapeuta e todas as maravilhas da sala que ele montou especialmente para esse momento!!!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Ah, sim! E o que dizer da situação onde a criança atende ao apelo do psicoterapeuta a respeito do termino da sessão, mas pretende sair do espaço levando aquilo que estava brincando para casa? (Imagina se todas as crianças em 1 semana resolverem levar um "souvenir" da sala...!)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">E a situação corriqueira (e devastadora de psicoterapeutas das técnicas) em que a criança nega-se a fazer o proposto pelo animado (ou não) psicoterapeuta e a responder suas intermináveis e incomodas perguntas sobre aquilo que ela está fazendo?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Onde entram as técnicas mirabolantes quando a criança simplesmente "quer brincar" e muitas vezes com a mesma coisa, ignorando solenemente todo o resto da sala que foi comprado na Disney??</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">E estou exemplificando somente com situações que envolvem diretamente a criança e o psicoterapeuta...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Porque não podemos esquecer que por trás de toda criança tem um adulto que a leva e a mantém ( ou não) em psicoterapia...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">O que dizer ( e fazer com) das mães que fazem caras e bocas na sala de espera e nos falam coisas entre os dentes crendo que a criança não esta percebendo?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">E com aquelas que nos ligam entre uma sessão e outra para fazer toda a sorte de queixas, revelações e apelos?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">E as outras ( ou as mesmas) que nos solicitam ( direta ou indiretamente) alianças contra os pais (geralmente, ex maridos) em tempos de alienação parental?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">E as que esquecem (?) de nos pagar, que pechincham o preço da sessão, apesar de seus carros, roupas e bolsas que deixam nossos modelitos de psicoterapeuta-que-senta-no-chão com cara de trapo?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">E os responsáveis que ao confundir a criança com um objeto eletrônico nos exigem que o consertemos em meia dúzia de sessões?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">E as exigências e pressões da escola que desejando ardentemente não ter o menor trabalho com aquela criança e desimplicando-se totalmente do que se passa com ela NA ESCOLA, cobram "melhora" e "comportamentos adequados" da referida criança? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Poderia continuar listando sem parar uma grande variedade de situações pelas quais TODOS os psicoterapeutas de crianças passam, cujo manejo não está baseado na quantidade de técnicas lúdicas que ele possui em seu rol de técnicas acumuladas ( e muitas vezes simplesmente copiadas) a partir de cursos e leituras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Todas essas situações transcendem as técnicas e demandam do psicoterapeuta raciocínio clinico, conhecimento profundo de sua abordagem e um substancial treinamento clinico supervisionado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">Sim, as técnicas lúdicas são lindas, são fofas e as vezes parecem mágicas. Mas atire a primeira pedra quem nunca passou pelas situações acima e percorreu de 1 a 100 toda a sua listinha de técnicas e chegou ao fim sem saber o que fazer!!!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-51147964023337853292013-05-02T10:46:00.001-03:002013-05-02T10:48:14.081-03:00O equívoco das técnicas ou como não ter a menor idéia do que está acontecendo no processo psicoterapêutico<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1PKoj5cmCy9HbNecIim6oiRL6GFES1hlsuUVYGDB2g23uxlq2PDucVoGREW9PiGNkPDbrDvpc9bjInqyhCfffIZH1znjVA89nlVI8koL-tfw9a8W9ZPYJnfulFjdshTV7l7NR38KLns13/s1600/L%C3%81PIS-DE-COR-02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1PKoj5cmCy9HbNecIim6oiRL6GFES1hlsuUVYGDB2g23uxlq2PDucVoGREW9PiGNkPDbrDvpc9bjInqyhCfffIZH1znjVA89nlVI8koL-tfw9a8W9ZPYJnfulFjdshTV7l7NR38KLns13/s1600/L%C3%81PIS-DE-COR-02.jpg" height="226" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Todo mundo quer "técnicas". Frequentemente ouço de estudantes e profissionais de Psicologia o relato acerca do descobrimento de uma "nova técnica" ou uma "técnica poderosa" para usarem/aplicarem com seus pacientes em psicoterapia. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Cursos que oferecem um sem número de técnicas, interessantes, criativas e sedutoras, costumam fazer muito sucesso, ter suas vagas totalmente preenchidas e criar uma avalanche de pessoas "querendo mais".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ou seja, temos alunos felizes e professores idem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas qual é a grande questão que se coloca?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O que costuma ficar totalmente esquecido é o lugar e o papel das técnicas dentro do processo terapêutico Lugar? Papel? Mas as técnicas não são em si a essência do processo terapêutico? Nào, não são. E quando falamos de Gestalt-Terapia, não são MESMO.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em <a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2013/01/o-papel-das-tecnicas-gestalticas-na.html">postagem anterior</a>, falamos do papel da técnica dentro de uma metodologia de trabalho, embasada em uma sólida visão de homem e uma clara compreensão de seus processos de saúde e adoecimento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Isso nos mostra que as técnicas são pequenas partes de uma totalidade que as transcende e que seu uso (e eficácia) está sempre em função da compreensão dessa totalidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Partindo disso, o que vemos acontecer frequentemente? Como já disse, todo mundo quer técnicas!!! E por que motivo? Creio que saber muitas técnicas que podem ser aplicadas ao paciente na psicoterapia é a melhor forma do estudante/profissional ter a ilusão de que "sabe" e, principalmente, de que está fazendo algo. Ou seja, dá uma sensação de competência e de estar "mostrando serviço".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas será que todos sabem o que estão fazendo? Será que todos sabem responder perguntas básicas e fundamentais do tipo:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">PARA QUE estou propondo isso agora, para essa pessoa, nessa relação?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">EM QUE que isso está facilitando o processo de resgate de saúde para essa pessoa?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">COMO isso se insere no contexto da história de vida dessa pessoa, de suas formas habituais adoecidas e suas possibilidades relacionais nesse momento?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Creio que se não conseguirmos responder claramente a essas perguntas, para CADA PACIENTE, a cada momento do processo, certamente não temos a menor idéia do que está se passando ali e a psicoterapia vira então uma "terra de ninguém" onde vamos "aplicando técnicas" e vendo o que acontece ou nos transformamos em meros técnicos, nos retirando da relação e do campo, acreditando na falácia de que não participamos nem influenciamos o que acontece ali.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nos tornamos então, profissionais "consertadores" de pessoas, com o agravante, particularmente se nos chamamos gestalt-terapeutas, de acreditar piamente que estamos fazendo tudo em prol do paciente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nesse ponto, a congruência com a abordagem que escolhemos para trabalhar ( e ter uma abordagem!!) é fundamental para salvaguardar a qualidade do processo terapêutico. Uma abordagem como a TCC, por exemplo, com sua visão de ser humano e de psicoterapia, se harmoniza de forma mais congruente com a aprendizagem e uso de técnicas do que a Gestalt-Terapia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em Gestalt-Terapia a primazia orientadora do processo é a <a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2011/03/o-pano-de-fundo-das-intervencoes-em-gt.html">RELAÇÃO</a> e o que acontece no momento presente do encontro entre paciente e psicoterapeuta, da forma que acontece e do jeito que o paciente configura e aponta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se trazemos técnicas a priori, porque lemos num livro e achamos "perfeitas" ou porque fizemos um curso no fim de semana sobre técnicas maravilhosas e "profundas" , estamos certamente nos sobrepondo a experiencia vivida pelo paciente, dando um rumo totalmente nosso para a sessão e impedindo-o de trazer o que ele quer, o que ele precisa trazer, da forma como quer e pode trazer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ou seja, recheamos a sessão de "exercicios", lotamos a sala com um sem número de materiais e objetos sedutores, apresentamos uma ou mais "novidades" a cada sessão. sem ouvir e compreender o que essa pessoa precisa e como ela pode resgatar sua saúde e criar formas mais satisfatórias de estar no mundo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ao priorizarmos as técnicas em detrimento do estudo e compreensão de uma visão de homem e de uma metodologia congruente dentro de uma abordagem, nos tornamos meros aplicadores de fórmulas, que nem sempre se mostram tão magicas quanto no livro ou no curso, uma vez que o principal está sendo esquecido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Investir na formação profissional é um compromisso do psicoterapeuta. Porém, é fundamental que não nos deixemos seduzir pelo pragmatismo do aprender algo fácil que pode ser replicado com todos os pacientes, e esquecer que a verdadeira sabedoria terapêutica consiste em poder utilizar tudo isso no momento em que o paciente precisa de fato.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Voltamos então as perguntas que não devem calar:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">PARA QUE estou propondo isso agora, para essa pessoa, nessa relação?</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">EM QUE que isso está facilitando o processo de resgate de saúde para essa pessoa?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">COMO isso se insere no contexto da história de vida dessa pessoa, de suas formas habituais adoecidas e suas possibilidades relacionais nesse momento?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Saber responde-las demanda muito investimento do psicoterapeuta. Demanda a adesão e o estudo profundo de uma abordagem de trabalho, demanda supervisão onde a possibilidade do olhar do outro sobre o que fazemos nos faz perceber o que não nos damos conta, demanda psicoterapia para que não façamos de nosso trabalho o depositário de nossas próprias interrupções e dificuldades.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tudo isso não se consegue apenas nos livros ou em cursos rápidos e milagrosos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Conseguimos com trabalho, investimento e compromisso. Temos uma responsabilidade. Precisamos honra-la.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Fiquem espertos para as propostas fáceis! Vocês querem técnicas? Certifiquem-se se vocês sabem de fato o que estão fazendo!</span></div>
<br />Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-78246921872462336802013-01-17T16:05:00.003-02:002013-01-17T16:05:42.282-02:00A metodologia clinica em GT com crianças: o psicoterapeuta em ação (2)<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFc-x8IIakb6_X5uOrQ-4dyyxxlFrGp95bSl_6lWdI6rRIGEU3EW3uJRzunnjglFAPke2DqyJXDwOD2tUbq1mFEdrltFleEkwvZx8uP55I33o-vBMVY-XvSgWsF1yU3SSUyqcsI1y9dQGZ/s1600/Desenho0005.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFc-x8IIakb6_X5uOrQ-4dyyxxlFrGp95bSl_6lWdI6rRIGEU3EW3uJRzunnjglFAPke2DqyJXDwOD2tUbq1mFEdrltFleEkwvZx8uP55I33o-vBMVY-XvSgWsF1yU3SSUyqcsI1y9dQGZ/s320/Desenho0005.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-weight: normal; line-height: 200%;"><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Em postagem anterior, apresentamos a </span><a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2011/05/metodologia-clinica-em-gt-com-criancas.html"><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">metodologia de trabalho em Gestalt-</span></a></span><span style="font-weight: normal; line-height: 200%;"><a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2011/05/metodologia-clinica-em-gt-com-criancas.html"><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Terapia </span></a><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">e apontamos seu desdobramento em 3 níveis de intervenção: descrição, elaboração e identificação. Discorremos sobre o nivel da descrição e, nesse momento, partiremos para a compreensão do que estamos denominando de elaboração e identificação.</span></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-weight: normal; line-height: 200%;"><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Quando a criança aceita intervenções que
vão além da descrição, como questionamentos e propostas de experimentos,
estaremos atuando no nível da elaboração. É nesse nível do trabalho
fenomenológico que se localiza a grande maioria das </span><a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2013/01/o-papel-das-tecnicas-gestalticas-na.html"><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">técnicas gestálticas</span></a><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">. </span></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-weight: normal; line-height: 200%;"><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Como o próprio nome sugere, nesse nível, nossas intervenções têm
flagrantemente o objetivo de desdobrar, esmiuçar, desenvolver e aprofundar
aquilo que a criança vem trazendo ao espaço terapêutico. Cabe ressaltar que, a
maior parte das crianças, ao contrário do que a leitura da bibliografia disponivel muitas vezes sugere, demora muito a chegar nesse ponto de trabalho e nem sempre
se mostram tão desenvoltas ou produtivas como as crianças citadas nos livros.
</span><a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/p/livros.html"><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Oaklander (1980),</span></a><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> apesar de seus inúmeros relatos bem sucedidos de exploração
do material trazido pelas crianças, nos adverte:</span></span><span style="line-height: 200%;"><strong><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="color: #666666;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Não quero dar a impressão de que em toda
a sessão acontece algo de maravilhoso. Muitas vezes parece não acontecer nada
de abertamente excitante e importante” ( p.219).</i></span></span></strong></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;">Para algumas crianças o simples fato de poder brincar em um espaço
seguro, permissivo, acolhedor e confirmador com aquilo que ela queira escolher,
da forma como ela escolher, já é o suficiente para promover as reconfigurações
necessárias ao bem estar e ao resgate de um funcionamento saudável na sua
interação com o mudo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">A possibilidade de o psicoterapeuta ir ao encontro da criança em seu
espaço lúdico é de fundamental importância para a realização das intervenções.
Muitas vezes,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ele precisará efetuar uma
intervenção dentro da brincadeira,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>utilizando a linguagem lúdica. Isso nos remete a um outro ponto crucial:
a disponibilidade para brincar. Embora algumas crianças prefiram não envolve-lo
em suas brincadeiras, fazendo com que ele assuma o papel de observador,
constatamos que a grande maioria precisa que o psicoterapeuta faça parte dela.
Na medida em que a linguagem lúdica é a predominante, então a brincadeira é o
diálogo e o psicoterapeuta precisa participar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Quando isso acontece, toda a atenção é pouca para que ele não se desloque
do seu papel de psicoterapeuta. Brincar com a criança não é<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> tornar-se</i></b> criança no
espaço terapêutico. Brincar com a criança não é reagir <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">como se fosse</i></b> uma
criança. Brincar com a criança é poder compartilhar da importância e da magia
daquela linguagem sem perder de vista a tarefa terapêutica. Inclusive porque,
esta tarefa, com algumas crianças, pode implicar em desempenhar impecavelmente
determinados papéis elaborados de forma minuciosa e distribuídos de acordo com
suas necessidades. Exemplos típicos são aqueles que contemplam a encenação de
situações cotidianas das crianças com os adultos, tais como mãe / filho,
professor/ aluno, e criança /médico, onde geralmente cabe ao psicoterapeuta o
papel da criança, e à criança o papel do adulto em uma típica inversão de
papéis, reveladora de muitos aspectos significativos de sua vida. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Várias crianças, ao desenvolver tais atividades, determinam
detalhadamente aquilo que o psicoterapeuta vai falar e a forma como ele deve
agir na brincadeira. Nessas situações, cabe a ele atende-la, inicialmente, em
todas as suas exigências no desempenho do seu papel. Muitas vezes, qualquer
tentativa de mudança introduzida por ele, é violentamente repelida pela criança,
o que significa que ainda não é a hora de questionar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nada a respeito daquele comportamento ou
daquela situação, nem dentro nem fora da brincadeira. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Algumas crianças não
permitem que o psicoterapeuta saia da brincadeira para comentar coisas em
“off”; outras só aceitam intervenções dessa forma. Outras, principalmente as
menores, só permitem a aproximação ou qualquer intervenção dentro da linguagem
lúdica através de um personagem. Geralmente, quando chegamos ao final do
processo terapêutico, já é possível uma comunicação direta, sem intermediários,
sendo este elemento inclusive um dos indicadores de término do<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>processo terapêutico.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="color: #666666;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O uso de fantoches ou “dedoches”
como recurso intermediário para a comunicação com as crianças vem trazendo bons
resultados em nosso trabalho. Concordando com </span></span><a href="http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/p/livros.html"><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Oaklander (1980</span></a><span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">), acreditamos que
o fascínio das crianças pelos fantoches se dê pela possibilidade de ter uma
parte de si mesmo – suas mãos e braços - literalmente envolvida na brincadeira,
dando “vida” a eles. A possibilidade de identificação com as diversas figuras
representadas pelos fantoches, particularmente as figuras míticas, como reis,
rainhas, bruxas, fadas, sacis, lobisomens e anjos, também parece contribuir
para isso.
Permite a “distância” necessária de uma figura humana “normal” para a projeção
de determinados aspectos que a criança ainda não tem condições de aceitar e
assimilar como seu.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-element: footnote-list; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O último nível de trabalho a que nos referimos é o que denominamos de
identificação. Ele consiste na apropriação, por parte da criança, dos conteúdos
de sua brincadeira e produção no espaço terapêutico. Em outras palavras, é
quando a criança se identifica com o elemento do desenho, ou com o menino
fantoche, ou com a escultura de argila, ou com o João Teimoso que só leva
pancada, etc.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-element: footnote-list; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Nossa experiência demonstra que nem sempre a identificação é necessária.
Muitas vezes, a partir da elaboração realizada através das intervenções
técnicas do psicoterapeuta na linguagem lúdica, a criança reconfigura e
resignifica seu campo sem que a identificação precise ser verbalizada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-element: footnote-list; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Em
outros momentos, ela só realiza identificações claras na fase de término da
psicoterapia, quando começa a efetuar “retrospectivas” de seu processo
terapêutico.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-element: footnote-list; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Cabe ressaltar nesse ponto, que a realização de
identificações não deve ser esperada como um critério de “progresso” da
psicoterapia ou que sua presença deva figurar obrigatoriamente entre os
elementos indicativos de término; embora a identificação seja possível ela não
é condição obrigatória.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-element: footnote-list; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="color: #666666;"> A expectativa ou a exigência de que isso aconteça
parece estar muito mais ligada à necessidade do psicoterapeuta do que
particularmente das crianças, principalmente as menores que, pelo fato de se
encontrarem em plena aquisição de suas capacidades cognitivas mais complexas e
por não apresentarem ainda sua linguagem totalmente desenvolvida, nem sempre
têm condições de realizá-la. <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p></o:p></i></span></span></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<br /></div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
</div>
</div>
Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-75369956000079216442013-01-15T11:02:00.005-02:002013-01-15T11:15:18.242-02:00Pausa para falar de ética<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrhTqTGRTgIUTKl5xt-Uh1lkZ0NXFUD1wOM5Hkl5dFdOEpxIow7PkfSf8_uoDsFyGpjRV31egZUImqMcTnEHjKtZkH36rsCusPnTdYohV6j7RWFJ04GBVKxCQzC6wC7XOpcCKvnLylpFTj/s1600/etica.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrhTqTGRTgIUTKl5xt-Uh1lkZ0NXFUD1wOM5Hkl5dFdOEpxIow7PkfSf8_uoDsFyGpjRV31egZUImqMcTnEHjKtZkH36rsCusPnTdYohV6j7RWFJ04GBVKxCQzC6wC7XOpcCKvnLylpFTj/s320/etica.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ola pessoal ,</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Conforme disse na apresentação do blog, esse espaço foi criado para divulgar a Gestalt-Terapia com crianças, com base em um livro escrito por mim e publicado em 2005 e minha proposta, além de apresentar os fundamentos dessa abordagem na clinica com crianças, é a de abrir a possibilidade de trocar e discutir acerca das vicissitudes do gestalt-terapeuta de crianças sob o ponto de vista da prática fundamentada teoricamente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No entanto, me vejo envolvida em situações bastante desagradáveis, envolvendo copias dos conteúdos do livro e do blog, sem o crédito de autoria, ou seja, pessoas usando o que eu escrevo como se fossem autoras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É lamentável que tenhamos entre nós pessoas que desacreditam de sua capacidade de produzir com originalidade e estilo próprio e se apropriam descaradamente da produção alheia, que é fruto de muito trabalho e investimento de tempo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É assustador pensar que são profissionais (!!??) como nós e que possuem acesso a pessoas no exercício de sua profissão. Que tipo de credibilidade tem um profissional assim ?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É ainda mais inquietante pensar que para um plagio descoberto, com certeza existem outros, escondidos em trabalhos de graduação TCCs, monografias e outros que não chegaram a internet.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Infelizmente, além do meu prazer em compartilhar conhecimento, experiencia e questionamentos com cada um de vocês, vou precisar destinar parte do meu tempo fazendo "varreduras" na internet para detectar ao menos os mais ousados, que não possuem o menor pudor de cometer um crime publicamente!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Lembrem que ao recomendarem, compartilharem ou divulgarem qualquer produção intelectual é preciso citar a fonte e dar a referencia completa do autor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Espero que possamos continuar esse trabalho e que a generosidade de um profissional em compartilhar seu conhecimento não seja brindada pela má fé e falta de ética daqueles que não possuem competência e dignidade no exercício de sua profissão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">abraços para todos</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Luciana Aguiar</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">P.S.: O site <a href="http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/">Pedagogia ao pé da letra</a> possui um artigo publicado, intitulado <a href="http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/a-compreensao-diagnostica-em-gestalt-terapia/">A compreensão diagnostica em Gestalt-Terapia</a>, cuja autoria é creditada a André Henrique Oliani, mas na verdade, é uma colagem quase integral de vários textos meus (inclusive com as minhas imagens!!), publicados no livro Gestalt-Terapia com crianças: teoria e prática e reproduzidos em parte nesse blog. Os momentos de confusão e truncagem do texto são justamente aqueles em que o "autor" tentou fazer pequenas modificações e sínteses certamente crendo que ao combinar frases ou começa-las com sinônimos estaria dando sua "originalidade" ao texto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A imagem do post, veio <a href="http://www.combatepolicial.com/2011/03/falta-de-etica-voce-so-engana-voce.html">daqui</a>.</span></div>
Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-43143666543608519462013-01-11T11:02:00.000-02:002013-01-12T23:43:27.809-02:00O papel das técnicas gestalticas na psicoterapia com crianças<div class="MsoBodyTextIndent" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHJ6wYy-pviFGjsPCfGNGblNBonBnwlVRN2rwmJ-ADQediBfMwAZK1sI00jAu0JtaM8Pz2H_wv-f81gqBXwVNrOG76mmBlNtTrfugdGFLx-5_FeHB0RanY04b1xNLea9FOCtEzLyloQwaH/s1600/Launam+neg%C3%B3cios.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHJ6wYy-pviFGjsPCfGNGblNBonBnwlVRN2rwmJ-ADQediBfMwAZK1sI00jAu0JtaM8Pz2H_wv-f81gqBXwVNrOG76mmBlNtTrfugdGFLx-5_FeHB0RanY04b1xNLea9FOCtEzLyloQwaH/s400/Launam+neg%C3%B3cios.png" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoBodyTextIndent" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br />
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">A questão da técnica em Gestalt-Terapia vem sendo discutida ao
longo dos últimos anos em um progressivo deslocamento de foco das técnicas em
si, e seus poderosos resultados, para seu uso segundo uma postura fenomenológica
e dialógica.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Historicamente, a Gestalt-Terapia ficou bastante conhecida por
suas técnicas quase "mágicas", o que nos deixou herdeiros de uma série
de mal entendidos acerca de sua fundamentação, gerando até hoje, uma prática
mal fundamentada e, muitas vezes, baseada na "intuição" e no
"achismo".<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Portanto, temos o objetivo de esclarecer o lugar da técnica no
trabalho do gestalt-terapeuta e a quais critérios ela encontra-se submetida.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Para começar, é importante ressaltar que vamos
chamar de técnica aquilo que podemos “fazer com isso”, para mobilizar
“aquilo”. Assim, quando falamos de desenho, por exemplo, não estamos nos
referindo a uma técnica mas a uma atividade realizada com alguns recursos
lúdicos, que poderia inclusive ser realizada em muitos outros ambientes
freqüentados pela criança além do espaço terapêutico.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">O caráter terapêutico dessa atividade será dado pelo uso da<span class="apple-converted-space"> </span><i>técnica</i><span class="apple-converted-space"> </span>a partir do que foi produzido, como por exemplo, um<span class="apple-converted-space"> </span><i>pedido de descrição</i><span class="apple-converted-space"> </span>de um desenho realizado pela criança
na sessão. Sob esse ponto de vista, cada psicoterapeuta, a partir de sua
abordagem de trabalho e da sua metodologia, pode utilizar <span class="apple-converted-space"> </span>uma determinada técnica para trabalhar
o mesmo desenho.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Também é importante não confundirmos técnica com recursos
lúdicos: a<span class="apple-converted-space"> </span><i>argila</i>, por
exemplo, não é uma técnica , mas um<span class="apple-converted-space"> </span><i>recurso<span class="apple-converted-space"> </span></i>que pode ser utilizado de diversas
formas pela criança; <span class="apple-converted-space"> </span>a
técnica incidirá naquilo que a <span class="apple-converted-space"> </span>criança
produziu com a argila ou na <span class="apple-converted-space"> </span>forma
como ela conduziu sua manipulação do material.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";"> Sob o ponto de vista fenomenológico da Gestalt-Terapia, a
técnica serve para<span class="apple-converted-space"> </span><i>facilitar,
fomentar, fazer emergir e desenvolver o material oferecido<span class="apple-converted-space"> </span></i>a partir do que a criança escolhe realizar na sessão. Ela pode ser
apresentada <span class="apple-converted-space"> </span>na forma de
descrições, questionamentos ou de <span class="apple-converted-space"> </span>experimentos.<i> <o:p></o:p></i></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Poderá incidir sobre a<span class="apple-converted-space"> </span><i>linguagem
verbal</i><span class="apple-converted-space"> </span>da criança, sobre seu<span class="apple-converted-space"> </span><i>comportamento total</i><span class="apple-converted-space"> </span>na sessão terapêutica, sobre sua<span class="apple-converted-space"> </span><i>relação com o psicoterapeuta</i><span class="apple-converted-space"> </span>ou ainda sobre sua<span class="apple-converted-space"> </span><i>relação com os responsáveis</i>. A
técnica incidirá sempre sobre o<span class="apple-converted-space"> </span><i>conteúdo</i><span class="apple-converted-space"> </span>e/ou sobre as<span class="apple-converted-space"> </span><i>formas de evitação<span class="apple-converted-space"> </span></i>do que emerge na sessão
terapêutica em um ininterrupto movimento de figura e fundo. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">A alternância de intervenções entre forma e conteúdo é
característica dos processos terapêuticos de caráter holístico, uma vez que o
ser humano dentro dessa perspectiva não pode ser compreendido apenas por aquilo
que ele fala, mas a partir de seu comportamento total no campo terapêutico.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";"> Dessa forma, ainda que possamos estar
munidos de uma variedade de técnicas, sua forma de utilização, bem como o
contexto em que serão utilizadas precisam estar em consonância com nossa
metodologia fenomenológica e inseridas dentro de uma perspectiva de relação
terapêutica dialógica.</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Isto significa que jamais utilizaremos uma técnica que não surja
a partir da situação apresentada pela criança e que não seja possível dentro da
fronteira relacional criança-psicoterapeuta em um dado momento do processo
terapêutico.</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Ao utilizarmos uma técnica dentro desses parâmetros,
necessariamente nos encontraremos em condições de afirmar<span class="apple-converted-space"> </span><b><i>para quê</i></b><span class="apple-converted-space"> </span>a estamos usando naquele momento, ou
seja, apresentaremos condições de argumentar teoricamente o seu uso. Saber o
que estamos fazendo é fundamental!!</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">É importante ressaltar que saber <i>para que</i> estamos usando<span class="apple-converted-space"> </span><b><i>aquela<span class="apple-converted-space"> </span></i></b>técnica com<span class="apple-converted-space"> </span><b><i>aquela</i></b><span class="apple-converted-space"> </span>criança e não outra técnica qualquer, não significa prever ou saber de antemão os desdobramentos de seu uso; uma vez
que trabalhamos com seres humanos singulares, jamais poderemos prever aquilo
que vai acontecer exatamente a partir da mobilização promovida por uma técnica,
mas podemos e devemos saber aquilo que queremos<span class="apple-converted-space"> </span><i>mobilizar, frustrar ou confirmar.</i></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Da mesma forma, a técnica precisa responder as necessidades e
limites da criança em questão, porque aquela que se revela uma técnica
excelente para uma criança específica pode ser um desastre ou não fazer nenhum
tipo de sentido com outra criança. Costumamos usar para isso a metáfora da
ferramenta: não adianta usarmos um alicate, que é uma excelente ferramenta, em
situações que demandam uma chave de fenda. Assim, além de possuirmos as
técnicas, precisamos saber utiliza-las.</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Acreditamos que, para saber utiliza-las, precisamos
paradoxalmente, esquece-las, deixa-las no fundo, de forma que possam emergir
criativamente nos contextos em que sua presença se fizer necessária para que
psicoterapeuta e criança continuem caminhando juntos na direção da expansão das
fronteiras da criança. E para que possamos esquecer-nos delas, precisamos
estuda-las, pratica-las e, sobretudo, experimenta-las. A familiaridade do
psicoterapeuta não só com as técnicas quanto com os recursos lúdicos é de
fundamental importância para a fluidez do seu trabalho que vai se assemelhar a
uma dança improvisada, porém realizada com passos seguros e bem formados.</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="color: #666666; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif";">Entramos então na
necessidade já mencionada em outras postagens, de uma sólida formação do
gestalt-terapeuta de crianças e que inclua necessariamente a possibilidade de
vivenciar uma gama significativa de técnicas e seus desdobramentos,
utilizando-se de uma diversidade de recursos lúdicos.</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoBodyTextIndent" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<hr size="1" style="text-align: left;" width="33%" />
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
</span><br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
</div>
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
</span><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span>
Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com2Rio de Janeiro - RJ, Brasil-22.9035393 -43.209586899999977-23.3715433 -43.855033899999974 -22.435535299999998 -42.564139899999979tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-71557606970379236972011-08-15T23:08:00.000-03:002011-08-15T23:08:02.422-03:00Marcadores de saúde em GT com crianças: autonomia e capacidade de realizar escolhas<div class="MsoBodyTextIndent" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyTextIndent" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBEqPaU_Q2ifERBO_1ImwQ2v8hgaj4YOQS88rpHmVDCGOqicCcgkAY6y0h_EjhqeVp3QPbjbbFqGOR_7dZhLICSaF_N8m2rF_ZwhnvCMFhQfrb6CrqfGjOOgsVhNF_WojBrtVd9DO7jtdW/s1600/calvin-e-haroldo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" naa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBEqPaU_Q2ifERBO_1ImwQ2v8hgaj4YOQS88rpHmVDCGOqicCcgkAY6y0h_EjhqeVp3QPbjbbFqGOR_7dZhLICSaF_N8m2rF_ZwhnvCMFhQfrb6CrqfGjOOgsVhNF_WojBrtVd9DO7jtdW/s400/calvin-e-haroldo.jpg" width="373" /></a></div><br />
<br />
<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">É impossível pensar em independência, sem levar em consideração sua polaridade, a dependência, uma vez que este é o estado original do ser humano ao nascer e todo o seu desenvolvimento está alicerçado sobre tal binômio. Ao longo do desenvolvimento, observamos uma progressiva passagem da dependência total para a autonomia responsável típica do individuo adulto “saudável”. Esse processo é marcado por inúmeras vicissitudes e pode ser facilitado ou dificultado pelos adultos em seu desenrolar.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">A dependência inicial implica necessariamente em uma apreensão do mundo pelo bebe através de introjeções fornecidas pelos adultos mais próximos. São esses adultos que apresentam o mundo para o bebe, que dizem quem ele é e o que são as coisas, bem como também são eles que proporcionam a satisfação da maioria das necessidades das crianças. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Com o progresso do desenvolvimento e as sucessivas aquisições de habilidades, que por sua vez possibilitam uma maior inserção da criança no mundo e uma maior autonomia para a percepção e satisfação de suas necessidades,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é necessário que a criança tenha possibilidades gradativas de discriminação, ou seja, de questionar as introjeções oriundas de seu ambiente, de que modo que ela possa se diferenciar como uma pessoa singular.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Podemos assinalar dois tipos de discriminação que se apresentam sucessivamente ao longo do processo de desenvolvimento e que uma vez permitidas e facilitadas pelo ambiente constituem-se em peças fundamentais para o desenvolvimento da autonomia: a discriminação reativa e a discriminação criativa. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Denominamos de discriminação reativa o primeiro momento do processo de discriminação que consiste em simplesmente rejeitar aquilo que vem de fora e que é percebido como não sendo assimilável ou congruente com nossas necessidades. Observamos claramente o desenrolar desse processo desde o segundo semestre de vida, onde progressivamente os bebes começam a dizer “não”, inicialmente de forma não verbal – cuspindo a sopinha, por exemplo - e posteriormente, por volta dos dois anos, verbalmente, através de negações e confrontos. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Posteriormente, no correr do desenvolvimento, as crianças começam a experimentar a possibilidade de transformar, de criar em cima do que é dado, de negociar, de aproveitar algo que vem do mundo sem engoli-lo por inteiro e a esse processo damos o nome de discriminação criativa. A discriminação criativa não toma totalmente o lugar da discriminação reativa; ambas continuam coexistindo ao longo de toda a vida do indivíduo dando ao mesmo o suporte necessário para questionar, transformar e escolher diante das inúmeras demandas do mundo adulto. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Na adolescência, possuir uma capacidade de discriminação desenvolvida é de fundamental importância para superar sem grandes seqüelas o grande desafio de circunscrever e reafirmar uma identidade singular e entrar no mundo adulto.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Para que todo esse intrincado processo se dê, é fundamental que a criança tenha, sempre de acordo com as possibilidades cognitivas e emocionais de sua faixa etária, oportunidades de exercitar a capacidade de escolha, de tomar decisões e de enfrentar situações e resolver problemas, mesmo que isso redunde algumas vezes em frustrações, pois em toda escolha reside a responsabilidade sobre suas conseqüências e a possibilidade de errar. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Pais que superprotegem seus filhos, não permitindo que eles tomem decisões e se frustrem ou que, ao contrário, não os protegem daquilo que eles ainda não podem decidir e se responsabilizar, estão contribuindo para a construção de indivíduos inseguros, amedrontados e sem uma perspectiva clara de suas possibilidades de consecução e transformação no mundo.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim, é necessário que pais e escola participem desse desenvolvimento, valorizando a capacidade da criança, ajudando-a no sentido de lidar com seus “fracassos”, aceitando o erro como parte do aprendizado, apoiando-a em suas decisões e não exigindo que ela realize escolhas “perfeitas” e definitivas. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Do contrário, a criança cresce acreditando que ela não é capaz de fazer<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nada sozinha ou de que a palavra do outro é sempre mais pertinente e valorizada, demonstrando assim uma auto-confiança deficitária e uma baixa auto estima<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>permeando inúmeros aspectos de sua vida. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Tais condições nem sempre se apresentam na vida adulta de forma tão explícita; particularmente em nosso contexto atual, observamos um fenômeno que vem sendo amplamente discutido sob a denominação de <i>adolescência estendida</i> e que caracteriza a situação de um jovem adulto que apesar de possuir chances de desenvolver sua inserção no mundo, se recusa a assumir responsabilidades com elementos do mundo adulto, tais como a consolidação de uma carreira, a independência financeira, o separar-se geograficamente dos pais ou estabelecer uma relação afetivo-conjugal.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Dessa forma concluímos que o desenvolvimento do ser humano só pode ser encarado como um processo, o que significa que aquilo que vivemos num momento muito precoce de nossas vidas funciona como base e pano de fundo para muitas de nossas experiências atuais e que, assim, não podemos facilmente experimentar independência e autonomia na vida adulta se não tivemos a oportunidade de “exercita-las” ao longo de toda nossa vida.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Na situação de psicoterapia é fundamental observar a congruencia entre a faixa etária da criança e sua capacidade de autonomia e realização de escolhas. A iniciativa, a enunciação de suas necessidades, o risco da experimentação, a construção de solução para os desafios ali enfrentados e a capacidade de discriminar a sua "potencia" a cada momento, fazendo o que é capaz de fazer e podendo pedir ajuda para o que ainda precisa, sao pontos sempre trabalhados na relação terapeutica, ainda que a a "queixa" inicial aparentemente não esteja focada nisso, uma vez que sob nossa perspectiva holistica de ser humano, trabalhamos para o funcionamento saudável e não para extirpar sintomas. Faz parte da psicoterapia, criar oportunidades para a criança experimentar tudo isso e, assim, expandir seu repertório de possibilidades de ação no mundo.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Em outras palavras, trabalharemos em cima das habilidades criadoras de cada criança, tais como discriminar, negociar e deliberar, possibilitando que elas desenvolvam ferramentas que permitam-nas fazer frente as demandas do mundo em consonancia com suas necessidades.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444;">Quem poderia dar exemplos de situações em psicoterapia onde tais questões são trabalhadas? Vamos conversar? Vamos trocar, gente!!??? Agora já temos 98 seguidores!!!! ALGUEM vai comentar algo, certo?</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444;">No aguardo....</span></div>Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-62507233568457926762011-07-23T22:21:00.001-03:002011-07-23T22:26:51.571-03:00Os responsáveis no processo terapeutico: sessões conjuntas e familiares<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 18pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 18pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsV_63EndxghAmAyAi8YJsAGfftmebw-l9Ga9wFe4jqrauEBHxNi7LEnsDG2kX0vmHrpvZXxE5GNbvyq1AqWZoo3ib757EK5AggjMKry_aMygHaG-v-D9Lhkars08uVMdVrf0YbZk20fXb/s1600/dia-internacional-crianca-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsV_63EndxghAmAyAi8YJsAGfftmebw-l9Ga9wFe4jqrauEBHxNi7LEnsDG2kX0vmHrpvZXxE5GNbvyq1AqWZoo3ib757EK5AggjMKry_aMygHaG-v-D9Lhkars08uVMdVrf0YbZk20fXb/s320/dia-internacional-crianca-3.jpg" t$="true" width="289" /></a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 18pt;"><br />
</div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Uma outra forma de incluir os responsáveis no processo terapêutico da criança, é o que vamos denominar de <i>sessões conjuntas</i>. Do mesmo modo que o acompanhamento realizado através de sessões com o psicoterapeuta e os responsáveis, elas acontecerão de acordo com a demanda dentro do processo terapêutico. </span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Vamos dar o nome de sessões conjuntas às sessões realizadas em algum momento do processo terapêutico com a presença da criança e um ou mais de seus responsáveis bem como de demais membros da família que possam ser significativos para a criança naquele momento. </span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Essa participação dá-se a partir de um “convite” realizado pela criança com o auxílio do psicoterapeuta, que pode ou não ser aceito, e que consiste em acompanha-la em uma de suas sessões de psicoterapia. Os níveis de intervenção priorizados nas entrevistas conjuntas são a facilitação da comunicação entre os membros, a promoção de <i>awareness </i>e a expansão de fronteiras tanto da criança quanto dos responsáveis.</span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Em outras situações, quando entendemos que o processo terapêutico pode ser beneficiado com a participação direta dos membros da família, realizamos sessões com a presença de todos. Estas sessões, ao longo do processo terapêutico, costumam ser muito esclarecedoras a respeito de como a psicoterapia da criança está afetando a dinâmica auto-reguladora da família, que elementos novos emergiram no grupo familiar para fazer frente às mudanças da criança, e o quanto eles estão sendo facilitadores ou não.</span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 34pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">No momento do término da psicoterapia, é fundamental que o trabalho se dê concomitantemente com a criança e seus responsáveis, ou seja, na medida em que o término pode começar a ser enunciado, precisamos introduzir essa questão no acompanhamento dos responsáveis. Em alguns momentos, eles trazem tal questão para o acompanhamento quase que ao mesmo tempo em que a criança o faz em suas sessões. </span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 34pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 34pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Outras vezes, ao falarmos de término, logo percebemos que vamos ter mais trabalho com eles do que propriamente com a criança. Muitos ficam inseguros a respeito de seus próprios recursos para lidar com eventuais dificuldades da criança em um momento posterior ou receiam que ela ainda não tenha condições de enfrentar o mundo sem o suporte da psicoterapia. </span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 34pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 34pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Não é raro, após realizarmos a sessão final com a criança, encontrarmos ainda com os responsáveis duas ou três vezes até finalizarmos o processo terapêutico. De modo geral, sempre realizamos uma sessão de fechamento com eles após a sessão final com a criança. No entanto, nem sempre uma sessão é suficiente para trabalhar todas as ansiedades, fantasias e expectativas que se encontram em jogo.</span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 34pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="Default" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Quanto à possibilidade de trabalharmos com uma criança sem o acompanhamento da família ou com uma participação ínfima de um ou mais de seus membros, acreditamos que em alguns casos é possível, embora muitas vezes seja frustrante para o psicoterapeuta e insuficiente para a criança.</span></div><div class="Default" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="Default" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Algumas configurações familiares encontram-se tão cristalizadas e o lugar ocupado pela criança tão sedimentado que a criança, sozinha, não é capaz de confrontar tal organização. Nesse ponto é que o trabalho com os responsáveis tem a sua justificativa, pois é o que, vai possibilitar que a criança tenha o seu lugar “liberado” nessa configuração e assim possa realizar outros ajustamentos criativos em sua interação no mundo.</span></div><div class="Default" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">De qualquer forma, entendemos que a psicoterapia, ainda que sem a “colaboração” da família ou interrompida precocemente, representa um registro importante na vida da criança, pois é um espaço único e, muitas vezes, um tipo de relação nunca experimentada por ela, nem antes e nem depois. Ter a referência de que existe a possibilidade de se estabelecer uma relação onde se é respeitada, aceita, confirmada, ouvida, acolhida e levada em consideração, pode ser decisivo na vida posterior de muitas delas. </span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 200%;">Ainda que seus contextos se mostrem adversos, ainda que seus pais jamais tornem-se facilitadores e acolhedores, ainda que ela encontre em seu caminho muitas pessoas que a decepcionem, acreditamos firmemente que saber, a partir da experiência na relação terapêutica, que existem outras formas de relacionar-se e que podem existir pessoas em quem confiar, pode fazer uma pessoa encarar suas dificuldades de forma diferente. </span></div>Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-78604674380103148762011-07-21T00:17:00.000-03:002017-08-14T15:45:16.726-03:00A inserção dos responsáveis no processo terapeutico das crianças<div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 18pt;">
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Ao longo do processo psicoterapêutico, estabelecemos o que denominamos de “acompanhamento de pais”. Optamos por não usar os termos “orientação” ou “aconselhamento”, pois embora eles apontem para alguns níveis do trabalho realizado com os pais, deixam de lado o que nos parece mais importante, que é o trabalho de promoção de <i>awareness</i> a respeito das implicações dos responsáveis nas questões apresentadas pela criança em sua interação no mundo.</span></div>
<div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 200%;">O acompanhamento familiar dá-se por intermédio de sessões com os responsáveis e o psicoterapeuta da criança, e de acordo com a demanda deles</span><span style="line-height: 200%;"> </span><span style="line-height: 200%;">ou do psicoterapeuta, tendo como foco a relação que eles estabelecem com a criança. </span></span></span></div>
<div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">O objetivo é ouvi-los a respeito de como eles vêm percebendo o processo terapêutico e a criança fora do âmbito da psicoterapia, tirar dúvidas e realizar esclarecimentos a respeito de temas relativos ao desenvolvimento infantil, conversar sobre questões específicas que eles tenham necessidade, e oferecer questionamentos e devoluções que o psicoterapeuta julgue pertinentes ao andamento do processo. </span></span></div>
<div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 200%;">Essa freqüência de atendimentos, não é previamente estabelecida, por entendermos que a psicoterapia é da criança e não dos responsáveis e que, portanto o enquadre que pressupõe sessões fixas não seria o mais adequado para os propósitos do trabalho que denominamos de acompanhamento de responsáveis</span>.</span></span></div>
<div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 34pt;">
<span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit; line-height: 200%;">Ao longo dessas sessões, com o foco na relação criança/responsáveis, há quatro níveis diferenciados e complementares de intervenção: informação, orientação, sensibilização e facilitação da comunicação entre seus membros. Eles formam uma totalidade articulada e só possuem sentido como parte dessa totalidade. A caracterização do acompanhamento familiar estaria prejudicada se deixássemos de lado qualquer um dos níveis de intervenção.</span></span></div>
<div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Gostaríamos de destacar particularmente o terceiro nível de trabalho que denominamos de sensibilização e promoção de <i>awareness</i>. De nada adianta apenas informá-los e orientá-los a respeito de uma determinada característica ou situação se eles não podem fazer aquilo que seria facilitador para a criança. E certamente de nada adianta o psicoterapeuta prescrever tarefas como se sua autoridade profissional fosse o único fator relevante no campo. </span></span></div>
<div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Pelo contrário, nesse momento, inúmeros elementos emergem, particularmente os que impedem e/ou dificultam a consecução de determinada orientação e é fundamental que o psicoterapeuta identifique-os e focalize-os para ampliar a <i>awareness </i>dos responsáveis a respeito do que os está impedindo de agir de uma determinada forma. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Se apenas informamos os pais acerca de determinado tema ou situação, muitas vezes eles ficarão com a informação, sem saber exatamente qual seria a melhor forma de utiliza-la em prol da criança em questão. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8ER7pkAXp54_nwungWSelLD7qy3nBIrzQ0o2jr7mUztcAhSM5FiXrlPSi1p181ueGNwoiwWu9Nc2gOjiZ4wTg487EOiM55B1l_SbpxqBHSNwfbq3GlNAiFCmkniRzegk7N6vrfMZHh9m-/s1600/famlia1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="269" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8ER7pkAXp54_nwungWSelLD7qy3nBIrzQ0o2jr7mUztcAhSM5FiXrlPSi1p181ueGNwoiwWu9Nc2gOjiZ4wTg487EOiM55B1l_SbpxqBHSNwfbq3GlNAiFCmkniRzegk7N6vrfMZHh9m-/s320/famlia1.jpg" t="" true="" width="320" /></a></div>
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Da mesma forma, se além da informação, o psicoterapeuta intervem no sentido de ajuda-los a implementar algo baseado na informação, ainda assim seu trabalho não está completo uma vez que os pais nem sempre possuem condições de operar modificações em sua forma de se relacionar com a criança em função de suas próprias obstruções de contato. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Dessa forma, é fundamental que possamos ajuda-los a perceber seus próprios impedimentos e dificuldades que de alguma forma encontram-se articulados com a problemática apresentada pela criança, para que assim, de posse dessa nova “consciência”, tenham mais opções de compreensão de seus motivos e suas escolhas.</span><br />
<span style="color: #444444; font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Já conhece nosso livro? Olha ele <a href="http://amzn.to/2vy1Dw5" target="_blank">aqui!!</a></span></div>
Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-2317937492982846672011-07-12T22:06:00.002-03:002011-07-12T22:12:19.984-03:00Auto-regulação familiar: a implicação dos responsáveis nos sintomas apresentados pelas crianças<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUM9XM2Hh4ELi-NBvvRd_RZBtiFBcTguntqMK6FUcOpLEetNciN51APcAOTkZvAkJjs3jMoC9VMN-x1YxxWG7maxDkUr6qSnwFduEFAC_UR6-EZmhe7Px8fmtp3r-OupX1VB7aXo5dUaNd/s1600/familia_reunida_10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="316" m$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUM9XM2Hh4ELi-NBvvRd_RZBtiFBcTguntqMK6FUcOpLEetNciN51APcAOTkZvAkJjs3jMoC9VMN-x1YxxWG7maxDkUr6qSnwFduEFAC_UR6-EZmhe7Px8fmtp3r-OupX1VB7aXo5dUaNd/s320/familia_reunida_10.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<div class="MsoBodyTextIndent" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"> <span style="font-family: inherit;"> <span style="color: #444444;">Sustentados por uma concepção holística e contextual de ser humano, trabalhamos com a premissa acerca da existência de uma vinculação entre diversos aspectos do desenvolvimento infantil e as mais variadas formas sob as quais as crianças e suas famílias se apresentam na situação clínica, o que inclui seus sintomas, suas reações às intervenções terapêuticas e suas possibilidades e recursos para alcançar um estado de saúde e bem estar.</span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 34pt;"><span style="color: black; line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Entendemos o contexto familiar como um dos particularmente significativos para o desenvolvimento e funcionamento saudável da criança, uma vez que não só é o primeiro contexto do qual faz parte como aquele que parece ser o mais relevante em seus primeiros anos pelo forte vínculo de dependência existente entre ela e a família, que se apresenta como uma significativa promotora de experiencias cruciais de apreensão e assimilação das novidades que o mundo vai oferecendo para a criança. </span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 34pt;"><span style="line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">A noção de auto-regulação familiar, ou seja, de que os membros de uma família se influenciam mutuamente, reagem e respondem as expectativas e necessidades do outro na busca de um equilíbrio, é fundamental para compreendermos a forma como a criança se apresenta, porque o que vamos perceber é que ela geralmente está servindo como um ponto de equilíbrio para toda a dinâmica familiar. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit;">Sob esse ponto de vista, somente a partir da relação que o sintoma apresentado pela criança estabelece com as demais partes da totalidade mais ampla em que ela encontra-se inserida é que se pode compreender sua origem, seu sentido, sua razão de ser e suas influências e implicações.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Assim, quando nos referimos à família como um dos principais campos a fornecerem sentido as manifestações da criança, enfatizamos seu papel crucial na vida e no desenvolvimento infantil e, portanto, na eclosão, manutenção e remissão dos sintomas que se apresentam na clínica. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Enfatizamos o <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">binômio criança/família</span>, na medida em que não podemos pensar no <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">desenvolvimento infantil</span> sem a presença marcante do meio familiar, particularmente da mãe ou quem por ventura estiver exercendo seu papel. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">O bebê humano nasce completamente dependente e com pouquíssimos recursos para lidar com as demandas do mundo. Por isso, inicialmente, estabelece uma relação de muita proximidade com a mãe, constituindo o que denominamos uma <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">unidade relacional</span>, marcada pela indiferenciação entre o bebê e a mãe. É nessa <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">relação</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">, </b>onde o bebê será cuidado, protegido e alimentado, que ele encontrará a possibilidade de<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>construção e desenvolvimento<i>.</i> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Esse desenvolvimento caminha sempre na direção de uma maior independência e autonomia, na medida em que a criança vai crescendo e ampliando seus recursos físicos, cognitivos, emocionais e sociais e, assim, obtendo uma maior inserção no mundo. A função da família é a de propiciar oportunidades de crescimento, de facilitar a aquisição de recursos próprios da criança e de permitir que a mesma tenha autonomia e responsabilidade compatíveis com sua faixa etária e seu potencial.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Uma vez que o desenvolvimento é processual e gradativo, constatamos que quanto mais nova a criança, maior a probabilidade de encontrarmos um vínculo mais extenso de dependência e, portanto um binômio criança/família mais acentuado. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">A <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">implicação</span> direta dessa característica básica do desenvolvimento humano, é a de que sempre que lidarmos com crianças, nossos <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">clientes</span> não serão apenas as crianças, mas a totalidade <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">criança/família</span>, onde todos os elementos precisam ser levados em conta para uma efetiva compreensão diagnóstica e, principalmente para uma evolução satisfatória do encaminhamento terapêutico.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit;">Compreender a forma de funcionamento da família é de crucial importância para o gestalt-terapeuta infantil já que ela se apresenta como o principal campo em que a criança faz parte. Entender sua dinâmica nos permite compreender o funcionamento da criança em questão e estabelecer prioridades de intervenção com os responsáveis ao longo do processo terapêutico.<b></b></span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 34pt;"><span style="line-height: 200%;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Ao trabalharmos com a criança, passamos a fazer parte do seu campo, promovendo mudanças em seus padrões relacionais e ocasionando desequilíbrios momentâneos na dinâmica familiar que, se puderem ser vivenciados e superados, promovem o crescimento e reconfiguração de toda família para formas mais satisfatórias de relação. </span></span></div><div class="Pa2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 34pt;"><span style="color: #444444;"><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 200%;">No entanto, o psicoterapeuta precisa ficar atento para que o impacto na dinâmica familiar não seja maior do que aquele que determinada família pode suportar, realizando seu acompanhamento</span><span class="A12"><span style="line-height: 200%; mso-bidi-font-size: 7.0pt;"> </span></span><span style="line-height: 200%;">ao longo do processo terapêutico de forma a ajudá-la a lidar com as modificações e encontrar caminhos possíveis de auto-regulação mais satisfatórios. </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"></div>Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com1Rio de Janeiro - RJ, Brasil-22.9035393 -43.209586899999977-23.106540799999998 -43.594399399999979 -22.7005378 -42.824774399999974tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-9426173718548100972011-06-20T11:01:00.000-03:002011-06-20T11:01:35.995-03:00Recursos Ludicos (2): critérios para escolha<div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqmSInCxOu-xXcFJXOj0LCicQS5J9mj4NA95-jP4YVPMqxlrla-afZkFSOCkCo3Fh3kxTgo3TTpbkucfd0aQ9b3zV-h9Kj93NDIO9rJd11BLIRqnFCYI9Bx3JxkRhG9G-8JgRlOunRVJ29/s1600/brinquedos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqmSInCxOu-xXcFJXOj0LCicQS5J9mj4NA95-jP4YVPMqxlrla-afZkFSOCkCo3Fh3kxTgo3TTpbkucfd0aQ9b3zV-h9Kj93NDIO9rJd11BLIRqnFCYI9Bx3JxkRhG9G-8JgRlOunRVJ29/s1600/brinquedos.jpg" /></a></div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Mencionamos em postagem anterior o valor terapeutico dos fantoches como recurso na psicoterapia com crianças. Porém, contamos com uma gama mais ampla de recursos ludicos indicados para utilizarmos como facilitador da expressão e comunicação da criança com o psicoterapeuta no espaço terapêutico. </span></span></div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">O psicoterapeuta iniciante, nem sempre possui clareza a respeito de quais recursos obter, quais seriam os indispensáveis e os irrelevantes, o que demanda o estabelecimento de alguns critérios para obte-los.</span></span></div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Os critérios básicos para a escolha dos recursos lúdicos são: <i>segurança e relevância</i> para a tarefa terapêutica. Por segurança, entendemos recursos de boa qualidade, produzidos com material atóxico, que não sejam facilmente quebráveis, fortes o suficiente para manipulações mais rudes e que não ofereçam nenhum tipo de risco.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Qualquer uso dos recursos que possam colocar em risco a integridade da criança, do psicoterapeuta ou do espaço – uma tesoura para agredir o psicoterapeuta, tinta atirada nas paredes ou ainda um barbante apertado em torno do pescoço - deve ser imediatamente limitado segundo os princípios básicos de apresentação de limites.</span></span></div><div class="MsoBodyText2" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Quanto à relevância dos recursos para a tarefa terapêutica, os critérios de aquisição precisam estar focados naquilo que eles podem oferecer como estímulo para a criança compartilhar sua experiência. Ficam vetadas, nesse ponto, escolhas baseadas em necessidades do psicoterapeuta, muitas ligadas às suas próprias frustrações infantis, o aproveitamento sem critério dos brinquedos dos filhos que já cresceram, ou doações aleatórias de parentes, vizinhos ou instituições. Uma especial atenção para a tentação de levar brinquedos ou jogos com valor sentimental (aquela boneca que esteve presente durante toda a sua infância e que agora não tem mais utilidade ou o jogo de gamão que já passou por várias gerações da família. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Não podemos esquecer que os recursos lúdicos encontram-se disponíveis para as crianças usarem <i style="mso-bidi-font-style: normal;">da forma como precisam </i>e, por isso, não podem ser alvo de limitações de uso que não sejam as básicas, e nem da disfarçada, porém presente, preocupação do psicoterapeuta a respeito de sua manipulação.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Todos os recursos devem ser de construção simples e fáceis de manejar, para<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que a criança não fique frustrada com um equipamento que não consiga manipular. A psicoterapia já fornece por si só diversos elementos frustradores como o término do horário da sessão, o tempo de espera entre uma sessão e outra, a impossibilidade de levar os brinquedos para casa, etc. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Eles devem ser duráveis e construídos para resistir ao uso freqüente. Quanto mais simples, maior a possibilidade de criatividade lúdica. Por esse motivo, brinquedos mecânicos e sofisticados não são sugeridos porque acabam não permitindo múltiplos usos, manipulações e diversificações de significados.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Outro detalhe é a respeito dos recursos que não temos disponíveis, aqueles que as crianças perguntam e/ou solicitam, mas não existem no espaço terapêutico. É preciso partir da constatação de que é impossível ter tudo o que uma criança poderia nos pedir em termos de recursos. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Ainda que fosse possível ter ou providenciar todos os que elas pedissem, esta ação não seria facilitadora para o desenvolvimento de suas potencialidades, de seus recursos para lidar com a falta, com a frustração, com os limites, com a capacidade de fantasiar, de fazer de conta, de solucionar o problema de outra forma, de reparar a frustração e de construir com os recursos disponíveis aquilo de que ela precisa. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Essa talvez seja uma das experiências mais emblemáticas e bonitas da psicoterapia: possibilitar que a criança dê solução à seguinte questão: “como eu posso manipular criativamente o meio para suprir minha necessidade através de caminhos satisfatórios?</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Dessa forma, não possuir no espaço terapêutico tudo o que as crianças solicitam, acaba se revelando uma oportunidade para trabalhar inúmeros elementos relevantes no seu processo, uma vez que isso a confronta com o novo, aquilo com que ela não está acostumada, aquilo que a retira de sua “zona de conforto” e, portanto, a instiga em sua fronteira de contato. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Diante disso, é preciso que ela entre em contato com suas potencialidades não desenvolvidas em busca de recursos criativos para lidar com a situação. Não possuir computador ou vídeo game, por exemplo, é uma vantagem se pensarmos que nada poderia ser mais familiar para algumas crianças e , por isso , pouco desafiador. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #444444;">Não é por acaso que, inúmeras vezes, constatamos que as escolhas iniciais das crianças, particularmente as que se encontram mais enrijecidas e cristalizadas em seus padrões relacionais, recaem sobre recursos que elas conhecem e dominam muito bem, o que faz com que algumas crianças perseverem durante várias sessões na escolha do mesmo recurso lúdico e da mesma atividade, para o desespero dos psicoterapeutas mais apressados.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #444444;">O “desafio” que provoca a expansão das fronteiras é experimentar materiais novos, explorar outras funções de contato, buscar outras formas de satisfação das necessidades que não as habituais. É nesse sentido que o espaço é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">terapêutico. </i><span style="mso-bidi-font-style: italic;">Ele </span>promove transformação na fronteira de contato organismo-meio através do contato, discriminação e assimilação do novo, possibilitando uma reconfiguração dessa relação estabelecida com e no mundo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Apesar disso, o critério de aceitação e respeito pela escolha que a criança pode realizar, ainda que isso signifique jogar damas por inúmeras sessões, continua valendo como soberano na condução da psicoterapia, ainda que com intervenções gradativas do psicoterapeuta sempre com a intenção de mantê-la trabalhando “na fronteira”.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="color: #444444;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Podemos dividi-los em dois grandes blocos, segundo a forma predominante de estímulos fornecidos à criança. No primeiro bloco, temos os recursos lúdicos estruturados que, como a própria expressão indica, possuem uma estrutura prévia carregada de significado consensual e, geralmente, costumam atrair a atenção das crianças exatamente a partir desse significado.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div><div align="justify" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Apesar de mencionarmos que as crianças são atraídas prioritariamente para os recursos estruturados a partir de seu significado consensual, muitas vezes, elas utilizam-nos subvertendo seu uso rotineiro e criando outros sentidos a eles, apontando-nos assim sua capacidade para manipular criativamente o meio para satisfazer suas necessidades.</span></div><div align="justify" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div align="justify" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">No segundo bloco estão os denominados recursos não estruturados que, pela sua própria natureza, não possuem uma estrutura prévia com um significado consensual atribuído e prestam-se prioritariamente, à expressão da experiência da criança com atribuição de significados próprios.</span></div><div align="justify" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div align="justify" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Na sequencia, teceremos comentários sobre o uso de alguns desses recursos tal como fizemos com os fantoches, ok?</span></div><div align="justify" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div align="justify" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Você tem algo a acrescentar, alguma duvida, comentário??? Comente!!!!!</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></div>Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-69273428337001916822011-05-27T14:50:00.000-03:002011-05-27T14:50:25.479-03:00Conversando sobre crianças<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Ola pessoal!</span><br />
<br />
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Segue o link da nova pagina no Facebook: Conversando sobre crianças</span><br />
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Lá conversaremos sobre temas tipicos do universo criança-familia-escola, sem que haja necessariamente um cunho psicoterapeutico.</span><br />
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">A idéia é abrir a conversa para pais, educadores e pessoas que de um modo geral lidam com crianças e suas questões.</span><br />
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">Visitem, sugiram temas, discutam, perguntem, comentem, ok?</span><br />
<br />
<span style="color: #444444; font-family: inherit;">beijos para todos!</span><br />
<br />
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<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-esjTNgVaz1aWxwD21CW4cXDNEgN1GLJgai7xKv0Ykhb1okvV-bHe3dkmziVHxkN-mkpyNXl79xiLvR9iWE1vcQgsUGy7vse-vxqlzxmnx_V8J7B0XgovVIgNdpIbshyixUWnYF7-_QPi/s1600/IMAGENS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-esjTNgVaz1aWxwD21CW4cXDNEgN1GLJgai7xKv0Ykhb1okvV-bHe3dkmziVHxkN-mkpyNXl79xiLvR9iWE1vcQgsUGy7vse-vxqlzxmnx_V8J7B0XgovVIgNdpIbshyixUWnYF7-_QPi/s400/IMAGENS.jpg" t8="true" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><a href="https://www.facebook.com/home.php#!/pages/Conversando-sobre-crian%C3%A7as/185814171460209?sk=info">Conversando sobre crianças</a></div><div style="text-align: center;"><br />
</div>Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1423743850775167292.post-57716045015014780962011-05-27T11:22:00.000-03:002011-05-27T11:22:28.146-03:00A metodologia clinica em GT com crianças: o psicoterapeuta em ação<div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">O método de abordagem do ser humano utilizado pela Gestalt-terapia é o método fenomenológico, que se caracteriza pelo uso de uma linguagem descritiva, que se opõe a uma linguagem interpretativa e a uma linguagem do tipo prescritiva.</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #444444;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Estou denominando de linguagem interpretativa aquela que concede um significado para o material<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>trazido pela criança, estabelecido a partir de um conhecimento<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>teórico <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a priori</i>, realizando assim uma interpretação daquilo que a criança diz ou apresenta através do uso que faz dos recursos lúdicos. </span></span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Em uma linguagem prescritiva, o psicoterapeuta determina e estabelece formas específicas de uso dos recursos lúdicos pela criança de forma que ela possa resolver aquilo que ela traz para o espaço terapêutico como um problema. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Já o método descritivo da Gestalt-Terapia possibilita que a criança, através das intervenções descritivas do psicoterapeuta, construa gradativamente o significado do material que traz para a sessão terapêutica, sem a interferência de qualquer <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a priori</i> do terapeuta, seja ele de caráter teórico ou oriundo de seus próprios valores. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Cabe assinalar que quando nos referimos ao método fenomenológico da Gestalt-Terapia como um método descritivo, não estamos reduzindo a atuação do psicoterapeuta a técnica de reflexão conforme nos é apresentada por Axline (1984) onde o psicoterapeuta somente descreve aquilo que a criança diz ou faz ao longo da sessão. </span></span></span></b></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #444444;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;">Ao caracterizarmos o método fenomenológico como descritivo estamos nos referindo não só as intervenções puramente descritivas do material trazido pela criança como também as intervenções do psicoterapeuta na forma de perguntas ou propostas que funcionam como um “convite” para </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial;">a criança descrever</span></i><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"> sua experiência e, com isso, expandir suas fronteiras e alcançar novos significados para aquilo que foi descrito inicialmente. </span></span></span></span></b></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Nesse aspecto, ao compararmos as duas abordagens observamos um papel mais ativo do psicoterapeuta de abordagem gestáltica que, sem abandonar o caráter descritivo da intervenção, fomenta um desenvolvimento maior do material trazido pela criança.</span></span></span></b></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #444444;">O processo terapêutico se desenvolve com a utilização do método fenomenológico, desdobrado em três<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>níveis de intervenção:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>descrição, elaboração e identificação.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span><span style="color: #444444; font-family: inherit;">É importante ressaltar que não estamos trabalhando com a noção de fases ou estádios que obrigatoriamente aconteçam dessa forma e nessa ordem. Um psicoterapeuta pode em uma sessão passar pelos três níveis; num outro momento ou com outra criança pode levar todo o processo terapêutico para percorrer esses níveis; em outras situações, um processo terapêutico pode chegar ao fim sem que trabalhemos dentro do nível da identificação. </span></span></span><span style="color: #444444; font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">O nível da descrição é o nível mais básico de trabalho e provavelmente aquele em que começamos com<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a grande maioria das crianças que vem a psicoterapia. Estabelecer uma comunicação no nível da descrição é a única possibilidade que a criança fornece ao psicoterapeuta inicialmente; isso significa que o psicoterapeuta basicamente descreve seu comportamento, realiza na medida do possível alguns questionamentos ao longo das brincadeiras, e solicita que ela descreva suas produções. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Não é raro permanecermos nesse nível durante muito tempo da psicoterapia e, isso não é bom ou ruim, somente sinaliza aquilo que o cliente pode num determinado momento. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Ao que tudo indica,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>quanto mais comprometida a criança maior sua dificuldade de ultrapassar a descrição pura e simples, pois seus mecanismos de evitação de contato costumam ser mais elaborados e suas funções de contato mais distorcidas. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Um exemplo típico da criança que só permite que o psicoterapeuta trabalhe na descrição é aquela que ao ser solicitada que comente uma produção sua, a descreve com meia dúzia de palavras, quando a descreve, e passa logo para outra atividade ou responde a algum questionamento com “não sei”, ou não aceita nenhuma proposta do psicoterapeuta ou ainda faz de conta que não ouviu ou ainda profere a frase bastante conhecida dos psicoterapeutas de crianças: “vamos brincar de outra coisa?”. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Todos esses comportamentos sinalizam para o psicoterapeuta a presença de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma rígida fronteira de contato que deve ser respeitada, embora não deva ser deixada de lado. Isso significa que sempre que nos pegarmos insistindo em algo com uma criança em psicoterapia é sinal de que estamos desrespeitando sua<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sinalização de fronteira; costumamos afirmar que as crianças sempre nos mostram quando parar, nós é que muitas vezes não conseguimos perceber tais sinais. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Por outro lado, respeitar suas fronteiras não significa deixar de tentar expandi-las, se acomodando aquém da fronteira da criança e transformando a psicoterapia num espaço de fortalecimento e consolidação da evitação do contato. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">O movimento com a criança é sempre de vai e vem; no que tocamos na fronteira e recebemos um sinal positivo, vamos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>um pouquinho mais adiante; se não há resistência tentamos mais um pouquinho e assim por diante; se tocarmos na fronteira e o sinal for negativo, recuamos e voltamos depois; se o sinal continua negativo, novamente recuamos para voltar num momento posterior, e assim vamos até poder avançar um pouquinho mais. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">É importante assinalar que o fato de uma criança não permitir que o psicoterapeuta saia do nível da descrição em seu processo terapêutico não significa que “a terapia não está andando” ou seja, que o psicoterapeuta é incompetente e/ou a criança não está sendo beneficiada. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">È muito surpreendente e não muito incomum verificar, através do acompanhamento dos pais ou de uma visita à escola, que a criança vem apresentando uma série de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>transformações em sua forma de estar e se relacionar no mundo, assim como se referindo de forma positiva e investida ao processo terapêutico, embora o psicoterapeuta muitas vezes tenha a impressão de que nada está acontecendo ou que não há possibilidade de transformação uma vez que a criança “não entra” em nenhuma de suas propostas e parece não estar ouvindo suas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>intervenções. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-weight: normal; line-height: 200%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="color: #444444; font-family: inherit;">Por outro lado, é obvio que se temos essa impressão e os demais elementos do campo a corroboram, seria fundamental uma profunda avaliação de nossa compreensão diagnóstica e da natureza da relação que estamos travando tanto com a criança quanto com seus responsáveis, bem como da pertinência de nossas intervenções.</span></span><br />
<span style="color: #444444;">Continuaremos na proxima postagem, ok: Deixem seus comentários, duvidas e reflexões!!!</span><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 200%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"></div>Gestalt-Terapia com criançashttp://www.blogger.com/profile/12767459625096870910noreply@blogger.com1