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15 junho 2016

OS 3 ERROS MORTAIS QUE UM PSICOTERAPEUTA DE CRIANÇAS PODE COMETER E COMO VOCÊ PODE FAZER PARA NÃO CORRER ESSE RISCO


Quando me perguntam o que eu acho mais difícil, ser psicoterapeuta de adultos ou de crianças, tenho a resposta na ponta da língua: psicoterapeuta de crianças, claro!

(Mas quem diria? Crianças são muito mais fáceis de lidar! Será???? E deve ser bem divertido também...! Sempre???)

Como psicoterapeuta com longa experiencia na clinica com crianças, adolescentes e adultos, não tenho duvidas em afirmar que a clinica de crianças constitui-se em um dos maiores desafios para o psicoterapeuta, pois suas especificidades demandam que. além de um profundo conhecimento teórico a respeito do ser humano e suas formas de desenvolvimento, ele esteja totalmente disponível para sair de sua zona de conforto apoiada na racionalidade, nos preceitos técnicos e no uso da linguagem verbal.

(Será tão fácil assim sair da zona de conforto???)

A clinica com crianças, particularmente sob a ótica da abordagem que utilizo - a Gestalt Terapia - convida o psicoterapeuta a usar a linguagem lúdica em detrimento da linguagem verbal, a utilizar o corpo inteiro em movimento e gestos em detrimento das palavras e a olhar a criança como parte de um todo mais amplo que é a família, instituições e cultura da qual ela faz parte.

(Temos pelo menos 2 desafios aí:"falar" em uma linguagem que não é a nossa, a "de adulto" e lidar com as diversas pessoas que cercam a criança e que contribuem para a manutenção de suas dificuldades...)

Muitos psicoterapeutas iniciantes ( e não só eles...) experimentam sentimentos que vão de um verdadeiro pavor a um leve incomodo ao começarem a trabalhar com crianças. Outros nem cogitam a possibilidade de atuar junto as crianças, por considerarem tal clinica difícil ou frustrante.

("Não consigo me comunicar com a criança"; "Os responsáveis retiram a criança da psicoterapia" ; etc)

Porém, a maioria que vence a resistência e envereda pelo caminho da infância e suas questões, muitas vezes incorre em particularmente 3 erros mais comuns e que podem ser mortais, ou seja, podem colocar todo o trabalho por água abaixo!

E quais seriam esses erros?

  1. CONVERSAR
  2. IGNORAR A IMPLICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS
  3. USAR TÉCNICAS SEM CONTEXTO

Vamos ao primeiro: CONVERSAR



Que fique estabelecido aqui, agora e sempre: crianças não gostam de conversar. Quanto menos idade a criança possuir, mas certeira é essa afirmação. Particularmente se o "conversar" em questão é uma série de perguntas realizadas por um  adulto que quer falar de algo sobre o qual a criança não quer falar, com palavras que muitas vezes ela não entende e exigindo dela recursos cognitivos e linguisticos que ela não possui.

É importante lembrar sempre que a capacidade verbal é algo que está em desenvolvimento nas crianças e, portanto, não é o seu "forte".

Dizer para uma criança que ela vai ao psicoterapeuta para conversar acaba resultando em crianças que chegam a terapia e reproduzem o discurso dos pais, como papagaios, e tão logo se livram de tal "tarefa", cortam o assunto e tentam fortemente fazer outra coisa que não seja falar sobre isso,o que muitas vezes aparece sob a forma de "não sei" variados ou de silêncios solenes diante das insistentes perguntas e tentativas do psicoterapeuta de sustentar a conversa.

A insistência nesse tipo de interação geralmente resulta em crianças absolutamente resistentes na relação com o psicoterapeuta, por vezes inclusive se recusando vir a sessão terapêutica, ou então a "crianças-robôs" , boazinhas, que fazem o que o psicoterapeuta quer, reproduzindo sua forma básica de lidar com os adultos fora da terapia, sem que nenhuma transformação efetiva aconteça no processo terapêutico


Se é certo que crianças não conversam como adultos, sabemos também que elas tem como prioritárias um outro tipo de conversa: a conversa lúdica.

Crianças "falam", conversam, se expressam, se mostram e comunicam através de suas formas de brincar e jogar. A linguagem lúdica é a forma primordial das crianças se relacionarem com o mundo e assim precisa ser também na psicoterapia.

Portanto, para conversarmos com a criança, precisamos nós, os psicoterapeutas, mudar a "chave" da forma de comunicação. Somos nós que vamos encontra-la na sua linguagem lúdica, da fantasia e do jogo. E não ao contrário....

Sendo assim, precisamos substituir o CONVERSAR pelo BRINCAR.



E o segundo erro mortal?

Esse é clássico e fatal. Talvez o mais fatal de todos. E certamente o mais conhecido de todos os psicoterapeutas de crianças.

 É o IGNORAR A IMPLICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS na eclosão e manutenção dos sintomas e dificuldades apresentados pela criança.


(Mas Luciana....não são eles mesmo que levam a criança? os sintomas não fazem parte da queixa dos pais?? como eles poderiam estar colaborando para isso...???)

A resposta é: eles não sabem que estão implicados! 

E nossa tarefa é mostrar isso para eles....

Uma criança não é um ser que nasce e se cria dentro de uma bolha estéril. Ela faz parte de um campo de forças relacionais que interagem e se afetam mutuamente o tempo inteiro. O que equivale a dizer que a forma como a criança se apresenta nesse momento, com tudo que ela tem, é fruto dessa interação ininterrupta com seu ambiente, que inclui naturalmente  as pessoas mais próximas e suas experiencias relacionais em todos os contextos que frequenta e experimenta.

Em outras palavras, todas as formas de ser e estar no mundo que a criança desenvolve (satisfatórias ou não) são construídas em função dessas relações, o que significa que muitas vezes as crianças estão, com seus sintomas, reagindo  a situações e relações que por elas são vivenciadas.

Os adultos envolvidos na situação, na maioria das vezes não se dão conta de como contribuem para a questão apresentada pela criança; são "pontos cegos" que cabe ao psicoterapeuta identificar e apontar.

Se não fizermos isso, corremos o risco de trabalhar em prol de um objetivo enquanto os responsáveis, inadvertidamente, sem perceberem, puxam para o lado contrário.....e, dessa forma, a psicoterapia da criança não tem resultados satisfatórios, algo fica "emperrado", impedindo a mudança.

Uma outra consequência de tal erro, é que se não trabalhamos a implicação dos responsáveis nos comportamentos e sintomas apresentados pela criança, no momento em que a psicoterapia começa a possibilitar que a criança transforme seus comportamentos, esses mesmos responsáveis se ressentem da mudança e começam a perceber a psicoterapia como algo ameaçador ou que esta "piorando" a criança.

Isso se dá porque nem sempre a criança muda da forma como os responsáveis desejam ou muitas vezes tais mudanças deixam em aberto necessidades, dificuldades e "feridas" dos mesmos, que antes eram mascaradas pela "doença" da criança.

Por isso é fundamental que ao trabalharmos com uma criança, JAMAIS deixemos de acompanhar os responsáveis ao longo do processo terapêutico, para auxilia-los a enxergar sua participação na questão da criança, por um lado, e a lidar com as mudanças que forem acontecendo, por outro.

Se assim não o fizermos, corremos o sério risco de amargarmos uma série de processos terapêuticos interrompidos "do nada" e nos encontrarmos em situações onde a interferência dos responsáveis é tão grande que não nos permite trabalhar.

Sendo assim, precisamos substituir o foco NA CRIANÇA pelo foco NAS RELAÇÕES que ela estabelece.

E, por fim, o terceiro erro mortal....


Quando falo de USAR TÉCNICAS SEM CONTEXTO, estou falando de psicoterapeutas que, para se assegurarem que estão fazendo o melhor em sua atuação, fazem inúmeros cursos, leem uma serie de livros, compilam técnicas e mais técnicas ( e nem sempre elas combinam entre si.....) e preenchem a sessão terapêutica com uma serie de "atividades", sem levar em conta o desejo da criança e aquilo que ela mesmo aponta e que surge espontaneamente na sessão.

Usada dessa forma, toda e qualquer técnica torna-se um exercício, uma atividade "aplicada" a situação terapêutica sem que o fluxo possível da criança seja respeitado, fazendo da relação terapêutica algo bem parecido com todas as outras relações que a criança estabelece fora da terapia, a saber, relações verticais, onde existe sempre uma autoridade que sabe o que é melhor para a criança, que decide o que ela vai fazer e como vai fazer, que escolhe o que deve ser investigado, trabalhado, melhorado.

O resultado disso é muitas vezes uma criança que se recusa a fazer as coisas propostas pelo psicoterapeuta, simplesmente porque esse não é o seu foco, sua energia não está ali, o seu caminho para chegar as suas questões e dificuldades não é esse. 

A unica coisa que o psicoterapeuta consegue é resistência e desconfiança, por vezes travando uma "batalha" com a criança e, com isso, perdendo completamente o proposito da psicoterapia que deveria ser o de acolher a criança tal como ela se apresenta e acompanha-la no desdobramento de seu mundo interno, seus padrões e suas formas habituais de se relacionar, no tempo de cada uma, na linguagem lúdica, e a partir daquilo que a criança escolhe fazer na sessão terapêutica.

Em algumas outras situações a criança simplesmente faz o que é pedido, mas sem nenhum engajamento, sem nenhuma energia e, portanto, sem abrir possibilidades para uma real transformação. Pelo contrário, a criança "boazinha", reproduz seu padrão relacional submisso, sua dificuldade de efetuar escolhas e de dizer "não" para aquilo que não serve para ela ( o que certamente ela faz também fora da terapia ) e com a ajuda do psicoterapeuta!!!!

Mas ai você pode me perguntar: e como usar as técnicas então?

As técnicas para auxiliar a criança a se conhecer mais e construir novas possibilidades de ser e estar no mundo  tem o seu lugar, mas precisam obedecer o critério máximo: a orientação da própria criança, daquilo que ela escolhe e aponta como possível na sessão terapêutica, o que significa dizer que utilizamos técnicas dentro do contexto que a criança nos traz, tanto em termos de recursos lúdicos escolhidos como de assuntos a serem abordados e jamais impomos qualquer atividade ou recurso sem que ela tenha se engajado inicialmente e por livre escolha na proposta.

Sendo assim, precisamos substituir o USO DAS TÉCNICAS SEM CONTEXTO e trazidas a priori, pelo acompanhar as crianças em suas escolhas e USAR AS TÉCNICAS PARA EXPANDIR, DESENVOLVER E ESMIUÇAR o que está sendo trazido pela criança.

Se ficarmos atentos a esses 3 tópicos:

  1. Estabeleceremos um vinculo forte de confiança e aceitação com a criança, pré requisito básico para que ela deixe que entremos no "seu mundo"
  2. Ganharemos a confiança e colaboração dos adultos que cercam a criança, agilizando o tempo do processo terapêutico e garantindo mudanças mais expressivas e significativas para a criança e os adultos envolvidos.
  3. Eliminamos drasticamente a chance de interrupções precoces e abruptas do processo terapêutico.



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50 comentários:

  1. Texto fascinante! Traduz o que acredito, faço e defendo. Um texto que merece ser lido não só por gestalt-terapeutas. Parabéns pela linguagem. Que possamos estar sempre atentos

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    1. Grata pelas palavras de elogio! Se você acha que alguém que voc~e conhece pode se beneficiar desse conteúdo, fique a vontade para compartilhar, ok?

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    2. Sou uma psicóloga iniciante e me reconheci bastante nas coisas que escreveu! Trabalhar com crianças é bem difícil, mas não impossível (seguindo as orientações pertinentes...) Tenho uma dúvida: Dá para levar as sessões SEMPRE seguindo o que a criança escolhe? Parabéns pelo texto!

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    3. Não só dá como deve ser assim sempre. Sem que você se negue enquanto pessoa. Mas você deve puxar pela sua criança (Viviane) para se engajar adequadamente na brincadeira ou relação proposta pela criança assistida. Espontaneidade, criatividade e adequação prazerosa... tudo tempestivamente (criança é elevada a maestro no concerto de cada sessão) Whats 1198159-4805

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    4. Viviane Lemos, dentro da Gestalt Terapia temos o principio de que a criança "mostra o caminho", ou seja, ela escolhe o que fazer na sessão. Nossa missão é acompanha-la e sempre que for possivel poder se valer de ferramentas (técnicas) que em cima daquilo que ela traz, possam ampliar a experiencia. Ou seja, propomos coisas sim, mas a partir da "pista" que ela traz. Se dá para elvar a sessão assim? Bom...eu sempre trabalhei desse jeito e vem dando certo...rsrs> abraço

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  2. Texto fascinante! Traduz o que acredito, faço e defendo. Um texto que merece ser lido não só por gestalt-terapeutas. Parabéns pela linguagem. Que possamos estar sempre atentos

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  3. Muito bom Luciana! Sou recem formada e estou fazendo mestrado na UFRJ, pretendo começar os atendimentos ano que vem, na minha cidade Curitiba, com o enfoque na Gestalt terapia e esse texto foi muito esclarecedor! Além disso prendo citá-la em minha dissertação pelo seu trabalho com crianças na GT. Abraços

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    1. Ola Brunara! Boa sorte na sua clinica e obrigada pela referencia em sua dissertação. Saiba que minha maior satisfação é saber que eu posso contribuir de fato com o crescimento e desenvolvimento de alguém! beijos, Luciana

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  4. Texto excelente! Muito bom ler esse texto e perceber que estou indo no caminho certo. E, apesar de, tambem achar ser mais dificil atender crianças não abro mão delas.
    E seu livro é meu guia quando alguma dúvida aparece.
    Obrigada por compartilhar sua experiência... é na partilha que crescemos

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    1. Ana Paula, também creio no crescimento colaborativo! Compartilhar conhecimento e contribuir um tantinho que seja para muitas pessoas é um prazer! Grata pelo carinho! Luciana

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  5. Perfeito! Me identifiquei em praticamente todos os erros e como é desafiante sair do senso comum de atendimento psicológico!

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    1. Renata, de fato a clínica com crianças não ė fácil! Saímos praticamente todos da graduação sem o menor preparo para atender e tais "erros" bem poderiam ser chamados de "dificuldades" inerentes a todo profissional iniciante ou que não tenha tido a oportunidade de se preparar mais cuidadosamente para o trabalho com as crianças. Ser psicoterapeuta de crianças de manda investimento e disponibilidade!

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    2. De fato!! E eu ainda quis me debruçar em uma abordagem que eu não conheci na graduação. Me sinto muito solta,mas com o estudo e a prática (errando e acertando) creio que um dia eu chego lá :D
      Novamente, parabéns pelo texto! Trouxe um tema que pra mim é tão complexo em poucas palavras e de modo simples! Já vou ler os textos anteriores! ;)

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  6. Texto excelente! Importante para qualquer profissional que trabalhe com crianças. Parabéns!

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    1. Muito grata, Bruna! A ideia é mesmo alcançar o maior número de pessoas possível que possam se beneficiar do conteúdo!m

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  7. Texto maravilhoso e muito explicativo. Tenho seu livro e sem dúvida também é ótimo..Parabéns..

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    1. Obrigada! O livro trata dessas e outras questões, de forma mais abrangente!

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  8. Muito bom! Eu, como estudante de Psicologia e futuro Gestalt-terapeuta, achei muito relevante e coerente. Parabéns.

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  9. Lucianamiga, o homem da caverna puxando a mulher pelo cabelo é justamente o contexto do que não se deve fazer com uma criança na sessão de terapia nem com a mãe. Colegas nossos e a maioria das mães esperam que nasçam melões sem desconfiarem que as sementes eram de abóbora. Enviar-lhe-ei o que de mais rico tenho no campo da Gestalt O:) <3 dificilmente escapo do contexto - apenas exijo um pouco mais de raciocínio - o seu texto ajudará muita gente... Parabéns!

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  10. Excelente texto Luciana. Muito esclarecedor quanto ao uso de técnicas. Atendo crianças e procuro sempre está sensível ao que ela traz, mas como é bom escutar (lê) seus textos, ricos em conteúdo e esperiência. Parabéns!

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  11. Adorei o texto. Se revela o que sempre acreditei no estágio e me alegro por perceber que não estava errada em meus atendimentos. Obrigada.

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    1. Que bom que você se identificou! Compartilhe com quem você acha que se beneficiaria desse conhecimento! Grata!

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  12. Gostei muito! Não estou atendendo crianças na clínica, mas pretendo futuramente. Adoro o seu jeito de colocar essas questões prático-teóricas, que nos lembram o caminho de seguir o fluxo da vida, sem impor nossas necessidades de controle ou segurança, e confiar no caminho. Isso vale pra terapia e pra muitos outros contextos, não é? Vou postar na nossa fanpage seu texto como inspirAção! Beijo, querida.

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    1. Elise, grata pelo seu feedback! De fato isso vale para outros contextos na vida, rs! E o proposito do texto é inspirar mesmo! Que bom que você acha o conteúdo relevante para compartilhar com outras pessoas! beijo grande!

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  13. Muito pertinente o assunto. Me formei o ano passado e quero muito atender crianças, mas tenho receio. Esse texto me ajudou bastante e gostaria muito que falasse mais sobre atendimento de criança. Aproveito para deixar uma pergunta, no caso trabalhamos na sessão de acordo com o que a crianca traz e quer fazer, e quando se trata de uma criança impositiva como fazer?
    Obrigada :)

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    1. Ola Michelle! Você não é a unica que teme atender crianças...rsrs! Realmente, são tantas particularidades e desafios que muitos desistem pelo caminho.
      Se você deixar seu e-mail lá no campo do "Fale conosco" ( ou mesmo aqui, se der preguiça, rs) você nos autoriza a inclusão em nossa lista e assim ficara sabendo em primeira mão a respeito dos conteúdos produzidos.
      Respondendo a sua pergunta: quando se trata de uma criança "impositiva", o procedimento é o mesmo...já pensou que o fato dela ser "impositiva" (sintoma) pode ser exatamente porque do outro lado tem sempre um adulto tentando "amansa-la" ou medindo força com ela? Pelo contrario, ao seguirmos o fluxo da chamada "criança impositiva", geralmente o efeito é que ela vá se tornando menos impositiva...simplesmente porque ela não tem com quem "brigar"....E aí a forma nova desse adulto (psicoterapeuta) trata-la, acaba convidando-a a criar novas formas de se relacionar e de escolher as coisas...
      Alias esse é o principio basico do papel do psicoterapeuta: ele é um agente do "novo", ou seja, a transformaçaõ do cliente ocorre na medida em que ele se relaciona com alguém ( o psicoterapeuta) que o convida a ver, sentir e agir de forma diferente das já conhecidas. Como o psicoterapeuta faz isso? Ele mesmo agindo de forma diferente das outras pessoas que se relacionam com a criança.
      Só mais uma coisa: não vamos confundir uma criança "impositiva", com uma criança que extrapola os limites fundamentais do espaço terapeutico...Para isso dá uma olhada no artigo daqui do blog sobre limites ;-)
      Beijocas e espero ter ajudado!

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    2. http://gestaltcomcriancas.blogspot.com.br/2011/03/permissividade-e-respeito-pelo-tempo-da.html

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    3. Muito obrigada! Ajudou sim ;)

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  14. Perfeito. O texto falou sobre contexto que aconteceu no meu consultório. E agora vai me ajudar a ser mais assertiva. Obrigado.

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  15. Gostei muito do conteúdo e me identifiquei muito em algumas situações. Estou mais animada pra seguir nessa abordagem. Fico feliz por esse trabalho, pois a produção de artigos dentro da gestalt terapia com adultos é escasso, que dirá com crianças, pelo menos é o que percebo. e isso nos dá um norte.

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  16. Muito bom e esclarecedor o texto! Como estudante de Psicologia já em fase de atendimento sinto receio de cometer grandes erros nesse sentido. Cabe nesse momento buscar da melhor forma possível adquirir conhecimento, com a finalidade de prestar atendimento de qualidade.

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. Maravilhoso texto. Uma linguagem clara e eficaz. É sempre muito bom poder ler texto que envolve a nossa prática no consultório. Parabéns!!!

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    1. Muito grata, Fátima! SEja bem vinda também com seus comentarios e opiniões. ABraço

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  19. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  20. Encontrei o que precisava...alguem que me esclarecesse de forma simples as duvidas que surgem durante o trabalho terapeutico com crianças.... Obriagda por fazer esse blog!!

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    1. Que bom!!! Nosso proposito é justamente poder esclarecer e contribuir para o crescimento de todos os profissionais. Obrigada pelo retorno!

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    2. Texto excelente sou psicologa iniciante e ultimamente tenho notado o grande numero de demandas para atendimento com crianças. Atendo casal de gêmeos de sete anos; tenho dificuldades quanto ao espaço pois trata-se de uma instituição assistencialista o que me obriga a atende-los juntos. A minha dificuldade é que o menino aguarda a iniciativa da irmã para fazer igual. O que posso fazer para evitar isto?

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  21. Que Texto maravilhoso . Estou concluindo a graduação . Meu interesse e todo voltado ao atendimento de crianças e adolescente .
    Obrigado por esse blog ,

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  22. Mto propício esses comentários. Atendo crianças desde minha formação, a 28 anos, nunca li propostas tão assertivas!
    Parabens

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  23. Texto esclarecedor e mim auxiliou muito ,continue escrevendo!!

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  24. Este comentário foi removido pelo autor.

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  25. Este comentário foi removido pelo autor.

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