A possibilidade de o psicoterapeuta ir ao encontro da criança em seu espaço lúdico é de fundamental importância para a realização das intervenções. Muitas vezes, ele precisará efetuar uma intervenção dentro da brincadeira, utilizando a linguagem lúdica.
Isso nos remete a um ponto crucial: a disponibilidade do psicoterapeuta para brincar com o seu cliente. Embora algumas crianças prefiram não envolve-lo em suas brincadeiras, fazendo com que ele assuma o papel de observador, constatamos que a grande maioria precisa que o psicoterapeuta faça parte dela. Na medida em que a linguagem lúdica é a predominante, então a brincadeira é o diálogo e o psicoterapeuta precisa participar.
Em que medida estamos disponiveis para isso? De que forma o jogo, o ludico, o faz de conta fazem parte de nossa vida? Até que ponto estamos dispostas a sentar no chão, sujar as mãos (e as unhas...), movimentarmo-nos freneticamente pela sala, cantar, dançar, assumir papeis?
Trabalhar na linguagem lúdica convida o psicoterapeuta a encontrar sua propria criança interna. Convida-o a resgatar suas experiencias infantis e a instaurar a espontaneidade, a flexibilidade e a criatividade como norteadores de sua experiencia cotidiana.
Estamos preparados para isso?
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